As fintechs, startups que criam novos produtos e – principalmente – serviços para o mercado financeiro, estão na moda. Esses empreendimentos usam tecnologias atuais para melhorar a experiência dos clientes e inovar processos internos das companhias do setor. Muitos consumidores já usam a modernidade dessas startups, mas poucos sabem disso ou sequer conseguem definir o que é uma fintech. Uma pesquisa da Cantarino Brasileiro, empresa especializada em comunicação e marketing de relacionamento para o setor financeiro detectou esses cenários e mais comportamentos desse segmento.
Foram realizadas 392 entrevistas na cidade de São Paulo (SP), entre os dias 28 de agosto e 4 de setembro de 2017. Desse total, 52% são mulheres e 48% homens, sendo 6% da classe A, 31% da B e 63% da classe C. De acordo com o levantamento, 10% dos entrevistados sabiam o que é uma fintech; 11% usam os serviços das startups financeiras, mas só 4% desse total sabiam o que é uma fintech.
“A pesquisa mostra que existe uma grande oportunidade para o crescimento deste mercado. Para isto, é preciso educar o consumidor sobre o que são as fintechs, já que muitos utilizam sem conhecer as vantagens, regulamentação e garantias. São Paulo concentra o maior número de fintechs da América Latina e as sedes dos principais bancos privados; por isso, atrai o maior volume de investimentos. Queremos com este trabalho consolidar São Paulo como hub de fintechs da região”, afirma João Pedro Cantarino, diretor da Cantarino Brasileiro e responsável pela pesquisa.
De acordo com o estudo, os jovens são os que mais utilizam os serviços das fintechs: 21% entre 16 e 24 anos e 17% entre 25 e 34 anos. As startups mais requisitadas pelo consumidor são as de investimentos e cartões de crédito. Também são os jovens os principais usuários de cartões de créditos das fintechs: 17% entre 16 e 24 anos e 13% entre 25 e 34 anos.
“As melhores taxas e a economia são os principais critérios para a escolha de uma instituição financeira pelo público jovem – 52% entre 16 e 24 anos e 54% entre 25 e 34 anos. Na era digital e da mobilidade, o acesso mais barato a novas tecnologias, aliado à redução de burocracia e à oferta de um serviço mais personalizado e dinâmico, acabam impulsionando o segmento das fintechs”, enfatiza Cantarino.
Cenário
Um mapeamento do mercado de fintechs no Brasil, realizado pelo Finnovation, em conjunto com o Finnovista e o BID, mostra que o Brasil é o maior mercado de fintechs da América Latina com 219 startups divididas em 16 segmentos, na frente do México (158 startups), Colômbia (77 startups), Argentina (60 startups) e Chile (56 startups). A maioria está na área de pagamentos (31%).
Das fintechs mapeadas, 54% estão em São Paulo, 10% no Rio de Janeiro, 8% em Belo Horizonte e 6% em Porto Alegre. O levantamento também apurou o estágio de maturidade das startups: 16% em estágio inicial, 23% já tiveram um produto lançado, 26% estão prontas para escalar e 35% já encontram-se em pleno crescimento.
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