O ano de 2017 marcou um novo recorde na luta contra o cibercrime, com 700 milhões de ciberataques barrados por soluções de segurança digital. Empresas que instalaram sistemas de defesa e adotaram estratégias rígidas conseguiram se proteger do aumento de invasões e tentativas de derrubar suas infraestruturas de comunicação com ações de larga escala.
De acordo com o ThreatMetrix Cybercrime Report 2017: A Year in Review, os ataques tendem a crescer trimestre a trimestre e o volume de ataque tentativas de invasões e violações aumentou mais de 100% em dois anos. Os resultados coincidem com apontamentos de outros estudos que mostram que 2017 teve cerca de US$ 1 trilhão em perdas globais – uma cifra que tende a chegar a US$ 6 trilhões até 2021.
Os ataques de 2017 tiveram como alvo principal as violações de dados de usuários em empresas de alto perfil, que são as que possuem um banco de dados grande e com diversas informações sensíveis das pessoas. Exemplos claros disso foram os ataques que roubaram informações sigilosas de clientes da Equifax e do Uber.
O período imediatamente após uma falha ser descoberta por pesquisadores independentes é o mais grave, de acordo com o ThreatMetrix. Isso porque há um intervalo de tempo considerável entre a descoberta e o envio de atualizações que consertam o problema. Nesse tempo, as empresas ficam vulneráveis para a maioria das falhas.
O estudo diz que a região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) é o maior criador de ataques – 50% de todos os ataques continuam a ser provenientes desta região. Também revela que os níveis de atividade das botnets cresceu em 2017, representando 90% do tráfego enviado para sites de varejo. Essas estruturas de ataque são feitas com milhares de dispositivos capturados anteriormente que, em dado momento, são acionados para comandar ataques simultâneos.
O estudo observa que os pagamentos fraudulentos aumentaram 100% nos últimos dois anos. Os fraudeiros usam um cartão de crédito roubado ou invadem a conta bancária de uma vítima, para transferir dinheiro para um novo beneficiário, observa. As indústrias emergentes, em particular os sites de viagens e os cartões de presentes, são particularmente suscetíveis nesse tipo de fraude.
Contas falsas
O estudo observa ainda que os fraudadores não estão mais procurando ganhar dinheiro rápido com os cartões de crédito roubados. Em vez disso, eles estão visando ataques mais ambiciosos que produzem lucros a longo prazo, usando conjuntos de dados de identidade roubados.
Isto é demonstrado por uma taxa de ataque altamente elevada nas criações de contas – que é uma atividade extremamente vulnerável. O ThreatMetrix aponta que mais de uma em nove das novas contas abertas em 2017 foram fraudulentas.
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