São Paulo, SP 2/2/2021 – Durante a época mais quente do ano, estima-se que problemas urinários, incluindo infecções, cresçam principalmente entre o público feminino
Para a maioria das pessoas, o verão é sinônimo de férias, sol, praia ou piscina e muita diversão! No entanto, este período também pode representar um grande desconforto, principalmente para as mulheres, provocado pela temida Infecção do Trato Urinário (ITU) ou apenas infecção urinária.
Nos meses de temperaturas mais elevadas, a desidratação é a principal causadora desse tipo da doença. Isso porque, se perde mais líquidos com a respiração e o aumento da transpiração e nem sempre essa água é reposta como deveria, gerando uma menor quantidade de urina.
“A micção é nossa principal forma de se proteger contra a infecção de urina. E temperaturas mais altas exigem um controle maior sobre nossa hidratação para que não se reduza muito nosso volume urinário”, explica Willy Baccaglini, médico Urologista.
Outro fator que também corrobora com o surgimento da infecção é que nessa época do ano ocorre o aumento da umidade na região íntima e isso pode gerar um desiquilíbrio no número de bactérias e germes presentes nessa área.
Mas, segundo Dr. Baccaglini, a bactéria Escherichia coli, que está naturalmente presente no intestino, está entre as principais inimigas do aparelho urinário.
O fato é que a combinação entre a desidratação e o aumento da umidade vaginal são os principais causadores de infecções urinárias durante a temporada mais quente do ano.
Entenda por que as mulheres são mais suscetíveis ao problema
Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção urinária leve ou grave pelo menos uma vez na vida, mas a questão não para por aí.
A mulher tem 50 vezes mais chances do que o homem de desenvolver a doença por uma questão simplesmente anatômica. “A uretra da mulher é muito mais curta do que a do homem, além de ser mais próxima do ânus, o que facilita que bactérias cheguem ao aparelho urinário”, esclarece o Dr. Baccaglini.
Dicas de prevenção contra a infeção urinária
Como sempre, a prevenção é a melhor opção, ainda mais em época de férias, onde a prioridade é o descanso, mas obviamente sem deixar o cuidado com a saúde de lado. E algumas ações simples são primordiais para evitar o desconforto provocado pela doença. Confira as dicas do médico Urologista para prevenir a infecção:
1 – Beba bastante água. O recomendado é pelo menos dois litros por dia. O hábito, além de manter a hidratação do corpo aumentar o fluxo urinário para a eliminação de bactérias, também traz diversos benefícios para a saúde como um todo.
2 – Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Evite duchas vaginais e, quando for ao banheiro, usar o papel higiênico sempre da frente para trás.
3 – Não segure o xixi. Lembre-se que reter a urina da bexiga aumenta o número de bactérias no trato urinário.
4 – Evite roupas íntimas apertadas e de tecido sintético. Elas retêm muito calor e aumentam a umidade da região.
5 – Troque os absorventes higiênicos com maior frequência. Assim, evita-se a proliferação de bactérias.
6 – Nada de ficar com o maiô ou biquíni molhados por muito tempo. Isso também aumenta a umidade da região íntima.
7 – Lave bem as mãos. Este é outro hábito que ajuda a prevenir a infecção urinária e outros tipos de doenças.
É importante ressaltar que, dependendo da estrutura do trato urinário que for afetada, a infecção possui nomes diferente. “A uretrite, ataca diretamente a uretra, enquanto a cistite acomete a bexiga. A pielonefrite indica que a infecção já atingiu os rins e representa um caso mais grave”, explica o especialista.
Os casos mais comuns da doença são a uretrite e cistite, consideradas infecções do trato urinário baixo (ITU). Com maior incidência, estima-se que 50 a 80% das mulheres apresentarão ao menos um episódio de cistite ao longo da vida, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.
“Para evitar o caso mais grave da infecção é imprescindível que a mulher ao surgimento dos primeiros sintomas procure o atendimento para que receba o tratamento de forma adequada”, alerta o Dr. Baccaglini.