Rio de Janeiro – RJ 22/3/2021 – A infecção hospitalar está entre as maiores causas de morte no mundo. Segundo dados da OMS, cerca de 234 milhões de pacientes são operados por ano em todo o mundo. Destes, um milhão morrem em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório.
De acordo com dados do Ministério da Saúde do Brasil, de 1 a 15% dos pacientes internados em hospitais brasileiros adquirem infecção hospitalar.
A infecção hospitalar é a entrada, desenvolvimento e proliferação de agentes infecciosos em pacientes sob cuidados médicos dentro do serviço de saúde. Os agentes infecciosos causam infecções ou doenças infecciosas. Os principais agentes infecciosos são os vírus, bactérias, protozoários e fungos.
O sistema imunológico do paciente nem sempre é capaz de combater os agentes infecciosos, de modo que acaba desencadeando uma série de complicações clínicas, muitas vezes levando o paciente a óbito.
Dentre as doenças infecciosas relacionadas à infecção hospitalar, são muito comuns casos de gripe, pneumonia, infecção urinária e infecções de pele. As infecções hospitalares podem ocorrer por diversos motivos e cabe ao hospital investigar e prevenir a incidência dos casos.
Muitas vezes, a transmissão dos agentes infecciosos pode ser o próprio profissional de saúde, a partir do uso incorreto dos equipamentos de proteção individual, pela higienização incorreta das mãos ou pelo contato do profissional de saúde com material contaminado. O contágio também pode ocorrer pela interação entre os pacientes, pela circulação de visitas no hospital ou pela falha na higienização dos ambientes e da rouparia.
Contudo, grande parte das infecções hospitalares decorre da contaminação em cirurgias ou em procedimentos invasivos nos cuidados pós-cirúrgicos. A infecção de sítio cirúrgico é uma das principais causas de complicações em pacientes que passam por cirurgias, representando um desafio para os hospitais, no que tange ao controle e à prevenção.
Neste sentido, uma das áreas mais críticas do hospital na prevenção das infecções hospitalares é a CME, Central de Materiais e Esterilização, área do hospital responsável pela limpeza e desinfecção dos materiais médicos usados em pacientes. Materiais que não foram reprocessados corretamente podem tornar-se fontes de agentes infecciosos e comprometer severamente a recuperação de pacientes no pós-cirúrgico.
Para que se possam processar adequadamente os artigos – de forma a garantir a segurança do paciente – é necessário a CME atender às normas exigidas pela Vigilância Sanitária e manter um programa de garantia de qualidade que funcione de forma extensiva.
A prevenção à infecção hospitalar exige esforço conjunto e multidisciplinar de várias áreas da assistência, uma vez que as ações de prevenção e combate envolvem tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes, visitantes e demais funcionários do hospital.
A área do hospital responsável por prevenir e combater as infecções hospitalares é a CCIH: “grupo de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar, adequado às características e necessidades da Unidade Hospitalar, constituída de membros consultores e executores.”
Esta área promove ações de combate, prevenção e conscientização em relação a medidas preventivas, como:
- higiene das mãos;
- limpeza do local;
- uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs)
- limpeza, desinfecção e esterilização de materiais.
De acordo com o art. 21 da RDC 15 – ANVISA, “A limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de produtos para saúde devem ser realizados pelo CME do serviço de saúde e suas unidades satélites ou por empresa processadora.”
Esse processo tem como objetivo eliminar a existência de agentes infecciosos dos materiais e deixá-los completamente estéreis e prontos para o reúso. Portanto, a CME tem uma ligação direta com o índice de infecções relacionadas à assistência à saúde.
Existem algumas boas práticas previstas na legislação para garantir o bom funcionamento da CME.
POP: a RDC 15 em seu artigo 24 diz que cada etapa do processamento do instrumental cirúrgico e dos produtos para saúde deve seguir Procedimento Operacional Padrão – POP elaborado com base em referencial científico atualizado e normatização pertinente e o POP deve ser amplamente divulgado e estar disponível para consulta.
Gestão: os hospitais reduzem os números de infecções hospitalares quando as CMEs fazem a boa gestão de colaboradores, fazem um ótimo controle de qualidade, têm melhores insumos, aplicam melhores metodologias e processos, fazem a manutenção e calibração dos equipamentos e utilizam a tecnologia a serviço da CME.
O Controle de Qualidade na CME contribui para redução das infecções hospitalares e ajuda o hospital a atender às normas regulatórias. Portanto, um programa de qualidade que envolva desde a capacitação dos funcionários até os testes e validação dos processos é essencial e ajuda o hospital a cumprir requisitos para as Acreditações Hospitalares.
A rastreabilidade de materiais além de proporcionar um ganho de eficiência na CME, reduz os riscos de erro humano e gera maior transparência na investigação de ocorrências sensíveis à esterilização. Quando uma CME tem um sistema de rastreabilidade como o CMEXX, o sistema armazena todo o histórico do material, desde a sua utilização até todos os processos de reprocessamento pelos quais passou.
A Bioxxi é uma empresa de esterilização que ajuda a diminuir o nível de infeção hospitalar nos hospitais. Com 40 anos de experiência em esterilização e 15 anos na Gestão de CMEs, a Bioxxi desenvolveu uma metodologia exclusiva que aumenta a eficiência, diminui riscos, elimina desperdícios e alinha a CME às normas vigentes.
Ao fazer a gestão da CME, a Bioxxi consegue aumentar a eficiência da CME e reduzir os custos. Com a Bioxxi, a CME consegue apoio nos processos de Acreditação Hospitalar. Quem sai ganhando são os hospitais, CMEs e pacientes.
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