Brasília, DF 27/4/2021 – O atendimento primário é capaz de resolver quase todos os problemas médicos dos pacientes. É ter um médico para chamar de seu, com foco na pessoa, não na doençaPara especialista, modalidade transformou a relação médico-paciente e reduziu
custos no atendimento à população
Em meio à pandemia de coronavírus, o Conselho Federal de Medicina autorizou a realização de consultas médicas à distância. O assunto já vinha sendo abordado e havia um protocolo permitindo algum tipo de atendimento virtual, mas com o avanço da Covid-19, a teleconsulta se tornou a única forma possível para que muitas pessoas fizessem acompanhamento de problemas crônicos sem se exporem aos riscos do atendimento presencial.
“Além do medo de ir a uma clínica ou hospital para consultas de rotina e de se expor à contaminação, há os casos mais graves, que são os das pessoas que precisam fazer o acompanhamento de doenças crônicas, com idas frequentes ao médico e, portanto, com maior risco. A telemedicina resolve esses problemas”, explica o médico ginecologista e CEO do EuSaúde, Ricardo Cabral. A empresa é uma healthtech que existe há sete anos e vinha observando um crescimento de cerca de 30% ao ano na procura pelo atendimento a distância, mas, no ano passado, o CEO viu sua demanda crescer em 1.000%.
Para o médico, no entanto, o grande diferencial da telemedicina é poder levar para o conforto da casa do paciente uma mudança de paradigma no atendimento. “Por alguns anos, em um passado recente, a medicina focou no especialista. A pessoa sente uma dor nas costas, por exemplo, e procura um ortopedista. Mas, às vezes, a dor nas costas é consequência de outro problema e precisa de um médico que olhe para ela de forma integral. No EuSaúde, durante toda a trajetória, os pacientes são acompanhados por um Médico de Família e Comunidade, que é o responsável pelo plano terapêutico e pelo atendimento integral”, explica Ricardo Cabral.
Outro diferencial é a possiblidade de ter atendimento médico virtual 24 horas por dia, sete dias por semana. “Se você se sentir mal às 3h da manhã, você entra em contato e um profissional de saúde, que tem acesso ao seu histórico médico e ao seu prontuário, vai te atender. Esse médico já sabe se você tem alguma doença preexistente, algum problema crônico de saúde e vai te orientar de maneira muito mais assertiva, rápida e, novamente, no conforto da sua casa”, explica o médico de Família e Comunidade do EuSaúde, Fillipe Loures.
O objetivo da plataforma é usar a telemedicina para levar a atenção primária à saúde para a população a um custo acessível. A atenção primária é uma forma de organizar o atendimento do paciente que coordena todo o cuidado médico, atua na prevenção de doenças e também realiza o acompanhamento em caso de situações agudas e de problemas crônicos. “A atenção primária é o modelo de cuidados que tem sido adotado em vários lugares do mundo como alternativa à metodologia mais prevalente, que é fragmentada. Na atenção primária, há um atendimento longitudinal e integrado, ou seja, o paciente é visto no seu inteiro e ao longo do tempo. É ’ter um médico para chamar de seu’. Essa forma é muito mais barata e resolutiva. Posso falar, sem medo de errar, que o atendimento primário é capaz de resolver 80% dos problemas médicos dos pacientes. O foco do cuidado é nas pessoas, não nas doenças”, explica Fillipe Loures.
Além disso, há uma redução de custos com a saúde. No caso do EuSaúde, o método de atendimento contribui para isso. “Nós aliamos a tecnologia da telemedicina aos protocolos de atendimento baseados na atenção primária à saúde. Com isso, temos uma redução significativa no custo de atendimento e essa redução é percebida pelo consumidor final, que, além de pagar menos, tem mais qualidade no cuidado com a saúde”, explica Ricardo Cabral. Ele completa: “não tenho dúvida de que a telemedicina é uma realidade consolidada. Estamos há sete anos neste mercado e estamos preparados. Hoje, temos uma rede de atendimento que realiza 6 mil atendimentos por dia e gerencia mais de 3 milhões de vidas”.
O próximo passo da empresa é oferecer atendimentos em cabines tecnológicas em diversos pontos de interesse público, como farmácias, postos de gasolina, estações de transporte, entre outros. “Você poderá ir à cabine, realizar uma consulta pagando apenas por aquele atendimento, já sair com a receita médica e providenciar a medicação, se for o caso”, antecipa Ricardo. O projeto das cabines de saúde está na fase final de amadurecimento e já está disponível em algumas empresas.
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