Ribeirão Preto, SP 17/2/2021 – Muito mais do que gostar do ramo de atividade, empreendedores precisam analisar histórico, estrutura e se a franqueadora é filiada à Associação Brasileira de Franchising (ABF)
Após o período mais crítico na economia, ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, o Brasil começa a sentir a retomada das atividades. Dados do Ministério da Economia, divulgados em setembro, apresentam o total de 1,114 milhão de negócios abertos no País de maio a agosto de 2020, contra 331,5 mil fechamentos, ou seja, um saldo positivo de 782,6 mil novos negócios. Além disso, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) acaba de divulgar que, no franchising, a receita começa a se aproximar do período pré-Covid-19, após três meses consecutivos de recuperação, com queda de 48,2% em abril, de apenas 7,2% em julho e fechamento de crescimento em 0,9% em outubro de 2020.
Segundo a CEO da Wowe, Ana Paula Ferreira, sinais de novos tempos. “Os empreendedores que aguardaram até aqui para investir no próprio negócio estão esperançosos com os índices, mas, ao mesmo tempo, mais cautelosos, pois não querem arriscar seus investimentos em operações não testadas ou não maduras o suficiente”, explica.
Em razão desta análise conjuntural, a executiva elenca cinco dicas importantes para esses empreendedores que querem investir no franchising. A primeira delas é ir além da escolha do ramo de atividade. “Às vezes, o candidato à franquia define a escolha do negócio pela vontade de trabalhar naquele segmento, mas essa escolha deve ser feita em conjunto com outros critérios como, por exemplo, a análise do valor de investimento inicial, o prazo para retorno desse investimento e, ainda, se a operação almejada já foi suficientemente testada pela franqueadora”, detalha Ana.
Nessa esteira, a executiva elenca como segunda dica, a verificação se a marca pretendida já é filiada à ABF. “A ABF é a principal entidade do setor do franchising no país e para ter uma marca homologada na associação, o franqueador precisa atender diversos critérios, como, por exemplo: ter toda a documentação jurídica, contábil, fiscal aprovada pelos respectivos conselhos da entidade, além de ter de apresentar os balanços financeiros dos dois últimos anos da empresa”, explica Ana.
Desta forma, ser homologado à ABF significa que a franqueadora atendeu aos requisitos e está apta a ofertar seu modelo de negócio e know-how por meio de franquias. “Essa é mais uma garantia ao empreendedor de que a franqueadora é idônea e está em dia com suas obrigações legais, contábeis e tributárias”, argumenta a porta-voz.
Outro aspecto importante a ser observado é se a franqueadora testou a operação suficientemente antes de formatá-la para o modelo de franquias. “Por incrível que pareça, existem franquias operando quase que com o mesmo tempo de criação do negócio. Nesses casos, o candidato precisa ficar atento, pois é muito difícil conceber e, ao mesmo tempo, replicar uma operação. A franqueadora precisa conhecer suficientemente os diferentes comportamentos e variações de seu negócio antes de oferecer uma franquia. Somente com conhecimento sólido e profundo a rede terá subsídios para embasar e nortear seus franqueados”, alerta Ana.
O quarto e quinto critério que ajudarão o empreendedor nessa empreitada é a checagem do histórico e da estrutura da franqueadora. “O histórico é pautado tanto pela reputação da marca no mercado junto aos consumidores, quanto pela satisfação dos franqueados, caso já existam. O candidato à franquia precisa conhecer o negócio pelas duas óticas, a do cliente e a do operador do negócio, e, então, fazer um balanço dos prós e contras”, esclarece a especialista.
Já em relação à estrutura, Ana orienta uma avaliação não só do estabelecimento comercial físico, mas também do que a franqueadora oferece em termos de apoio comercial, treinamentos e suporte aos seus franqueados. “Conhecer o dia a dia da operação e do negócio é fundamental antes de realizar esse casamento que, via de regra, durará, no mínimo cinco anos e, por tais motivos, deve ser muito bem pensado e planejado”, finaliza a executiva.
A Wowe – Crédito em Acreditar
Após 15 anos gerenciando call center na área de telecomunicação, Ana Paula Ferreira decidiu ingressar, em 2017, no mercado de correspondência bancária. Em três anos, implementou sua expertise adquirida no call center neste segmento, inovando o modus operandi dos correspondentes bancários no País, passando a ofertar esse atendimento de maneira 100% digital e exclusivamente remoto. Atualmente a empresa comercializa cerca de R$ 70 milhões de crédito ao ano e, em 2020, iniciou a formatação do negócio para o sistema de franchising, lançado, agora, oficialmente ao mercado, já homologado pela ABF.