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Superar as adversidades da crise hídrica impulsionará a economia



São Paulo -SP 13/10/2021 – O panorama que vivemos atualmente de um mundo onde os extremos se tornam mais recorrentes, o caminho que a humanidade trilhar definirá as consequências.É preciso reconhecer a água como um recurso natural finito, ainda mais neste momento em que cada gota importa.

O Brasil tem passado por uma intensa crise hídrica e subsequente crise energética nos últimos meses. A situação acomete todos os tamanhos de empresas e seus consumidores finais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), problemas climáticos poderão afetar a taxa anual do Produto Interno Bruto (PIB), o que traz um alerta para o cuidado com o manejo da água, devido à possibilidade de seca.

O impacto total da escassez hídrica no PIB do Brasil ainda é uma incógnita para os economistas e especialistas. “E o que vai definir as medidas drásticas, como racionamento de energia, depende diretamente da natureza, que precisará fornecer as chuvas capazes para abastecer os reservatórios”, salienta Vininha F. Carvalho, administradora de empresas, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).



As consequências da crise hídrica afetam além da economia brasileira, o quesito social. Um primeiro impacto é o aumento na conta de luz. Em 2021, a Agência Nacional de Energia Elétrica aumentou o preço de cada 100kwh na bandeira vermelha patamar 2, hoje há um novo status de bandeira tarifária de escassez hídrica.

“Utilizar a energia de forma eficiente, por meio da conscientização da sociedade, e direcionar investimentos na formatação de uma matriz energética diversificada, limpa e estável garantirá o atendimento ao consumo crescente da população”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), haverá uma expansão muito significativa nos próximos anos dos empreendimentos relacionados a usinas eólicas (36,4% em construção e 21,5% em construção não iniciada) e solares (19,3% em construção e 63,9% em construção não iniciada) no Brasil. Isso mostra que cada vez mais o setor energético brasileiro se torna sustentável, e por isso, mais dependente dos recursos naturais que são influenciados diretamente pelo clima agora e no futuro.

Em lugares onde os climas frios atualmente limitam o rendimento das culturas, como no norte dos Estados Unidos, Canadá e Ucrânia, os efeitos combinados de temperaturas mais altas e menos água podem diminuir os ganhos de rendimento projetados. Os efeitos do calor e da seca causarão reduções adicionais de rendimento de milho e soja de até 20% em partes dos Estados Unidos, e de até 40% na Europa Oriental e no sudeste da África.

“Nosso estudo descobriu um novo risco para a produção agrícola decorrente do aquecimento do clima que acreditamos ter sido negligenciado nas avaliações atuais. Como o planeta continua a aquecer, a água e o calor podem se inter-relacionar mais fortemente em muitas regiões, tornando as secas mais quentes e as ondas de calor mais secas”, afirma Corey Lesk, autor principal do estudo e pesquisador do Departamento de Ciências da Terra e Meio Ambiente (DEES) da Universidade de Columbia e do Lamont-Doherty Earth Observatory (LDEO).

“O panorama que vivemos atualmente de um mundo onde os extremos se tornam mais recorrentes e fortes, o caminho que a humanidade trilhar definirá as consequências que poderão ser mais ou menos severas na economia. O esforço de todas as nações para abraçar a causa em prol de um planeta mais sustentável é fundamental para o equilíbrio do ecossistema terrestre”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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