Atibaia, SP 6/5/2021 – Fortalecida pela poupança tradicional e pela poupança programada dos consórcios, composto por poupar, produzir e consumir, torna a economia mais robustaUm dos indicadores mais buscados pelos players da economia, no início de cada ano, é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao período recém-terminado. Por decorrência, outros indicadores relacionados com o dado são disponibilizados, com destaque para a discutida taxa de poupança nacional.
Segundo Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, “a poupança nacional, calculada sobre o PIB, é definida como a soma das poupanças dos agentes privados, formada por pessoas físicas e jurídicas, mais a poupança do governo, correspondente ao superávit (ou déficit) nominal do orçamento da união”.
Na visão econômica clássica, a poupança nacional é o valor disponível para financiar investimentos. É do seu saldo que virão os rendimentos dos poupadores que se abstiveram de consumir de imediato. No contraponto, a teoria Keynesiana aponta que investimentos independem da poupança, mas sim de financiamentos.
“Contudo, é claro que, teorias à parte”, diz Barbagallo, “o fato é que poupar, seja por qual meio for, é uma atitude saudável que propicia segurança, perspectiva de futuro e qualidade de vida”.
Poupa-se a fim de ter uma reserva para emergências, aposentadoria, para realização de um sonho de consumo ou até um investimento. O fato é que toda poupança será utilizada em algum momento.
Nos últimos dez anos, a análise da relação entre os valores do PIB e os da poupança nacional revelou percentuais oscilando de 17,2% em 2011, passando por pico de 18,3% em 2013, até chegar aos 12,2% de 2019, seguido dos 15,0% do ano passado, mesmo com a pandemia, segundo dados do IBGE.
No Brasil, a taxa nacional de poupança é baixa em comparação às de outras economias mundiais. O grande diferencial está na educação financeira da população, que tem papel fundamental na mudança de postura.
O Sistema de Consórcios, ao registrar forte crescimento no último ano, tem sido uma das formas de acumular recursos para a realização de objetivos, pois tem na disciplina um dos pilares de seus avanços.
Ao relacionar a disponibilidade de recursos aplicados na modalidade e a respectiva participação na poupança nacional, nota-se que muitos consorciados, já de posse de seus créditos, ainda esperam o melhor momento para utilizá-los.
Ano após ano, os valores crescem e elevam o percentual de presença no indicador. Em 2020, representaram 3,1% da poupança nacional.
Enquanto os recursos evoluíram, de forma constante, de R$ 15,0 bilhões, em 2011, para R$ 34 bilhões, – com aumento de 126,67% -, a participação dos recursos disponíveis aplicados no sistema de consórcios variou de 2,0%, há dez anos, para 3,1% no ano passado, isto é, 55% de alta.
Pela representatividade dos números, é possível depreender a importância dos consórcios para a economia nacional e para a vida econômico-financeira das pessoas físicas e jurídicas.
“Para a economia nacional, o mecanismo é um indutor do desenvolvimento nos diversos segmentos em que atua, enquanto para o cidadão, trata-se de um instrumento perfeito que se insere na essência da educação financeira”, sintetiza Barbagallo.
Um dado expressivo do Sistema de Consórcios é o valor dos “Ativos Administrados”. Composto por recursos aplicados mais os valores a receber dos consorciados, corresponde hoje a R$ 289 bilhões, ou 3,9% do PIB, percentual maior que o do ano passado.
Os valores a receber desse mecanismo de autofinanciamento, uma criação genuinamente brasileira, é um indicador de dados que aponta milhares de pessoas poupando mensalmente para atingir seus objetivos. São recursos dos consorciados que, aplicados mensalmente nos seus grupos, serão, no momento das contemplações por sorteio ou por lance, alocados na cadeia produtiva.
“Fortalecido pela poupança tradicional e pela poupança programada do Sistema de Consórcios, esse círculo virtuoso, composto por poupar, produzir e consumir, torna a economia mais robusta”, complementa o economista da ABAC.
Mais informações:
Luiz Antonio Barbagallo
Economista
E-mail: luiz.antonio@abaca.org.br