São Paulo – SP 23/6/2021 – Pandemia de Covid-19 acelerou o crescimento no comércio eletrônico brasileiro
De acordo com dados da Synapcom, responsável por gerenciar operações de e-commerce de ponta a ponta em território nacional e na América Latina, as transações de comércio eletrônico obtiveram um crescimento de 672% no Norte do Brasil no primeiro trimestre deste ano em comparação a 2020. O e-commerce ainda apresentou crescimento no Nordeste (671%), Centro-Oeste (611%), Sudeste (513%) e Sul (372%).
O comércio eletrônico brasileiro já vinha apresentando um cenário positivo nos últimos anos em relação ao seu crescimento, e a pandemia de Covid-19 acelerou o processo. A quantidade mais elevada de pedidos ainda está presente na região Sudeste, com 64% do volume do comércio eletrônico.
“Esses números de crescimento mostram que os consumidores estão contando cada vez mais com o e-commerce no seu dia a dia, não só nos grandes centros, mas em todas as regiões do país. Para garantir eficiência e excelência na entrega da melhor experiência on-line para quem compra, as operações de comércio eletrônico precisam estar muito bem-estruturadas e com grande abrangência”, aponta Eduardo Fregonesi, CEO da Synapcom.
Varejo brasileiro perdeu R$ 24 bilhões
O comércio fechou o ano de 2020 com perda de R$ 24,6 bilhões de acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Apesar da queda, algumas atividades pontuais conseguiram um cenário positivo, alavancando negócios como farmácias, supermercados, mercadinhos e grandes empresas de comércio eletrônico.
Com o isolamento social, de acordo com pesquisa da Ebit | Nielsen em parceria com o Bexs Banco, o faturamento do comércio eletrônico brasileiro cresceu 41% em 2020, somando R$ 87,4 bilhões. O volume de descimento é quase três vezes acima da alta de 16% referente ao faturamento de 2019.
Segundo Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apesar do crescimento, o comércio eletrônico corresponde a apenas 6% do volume de vendas do varejo ampliado no Brasil.
Esse movimento apresenta mais significância em alguns setores, como os de aparelhos de comunicação e informática, em que 28% das vendas já são feitas eletronicamente. Além disso, na lista está o setor de livraria e papelaria (com 9,5% das vendas em 2020 sendo realizadas em meios digitais), de móveis e eletrodomésticos (com 8,7%) e também de comércio automotivo (com 6,6%).
“Combustíveis e lubrificantes não têm nada de venda on-line, claro. Em supermercados ainda é baixo, só 1,2% das vendas foram on-line no ano de 2020. Outro setor com dificuldades estruturais de vencer essa barreira do e-commerce é o de vestuário, que tem só 5,4% do faturamento proveniente do comércio eletrônico”, informa o economista, que enxerga um novo crescimento do e-commerce brasileiro em 2021. O economista aponta que a participação das vendas realizadas on-line no faturamento do varejo ampliado deve apresentar crescimento para 6,6% neste ano.
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