Brasília, DF 23/9/2021 – O Seguro Paramétrico coloca o contratante em primeiro lugar, pois se adequa às necessidades reais dele, levando em conta o clima e os riscos de cada região.Com articulação da Wiz Corporate, a primeira apólice de seguro rural para a produção de cacau do país foi emitida e o prêmio conta com a subvenção federal de 20%.
Em operação inédita envolvendo iniciativa privada, poder público e produtores, um instrumento de proteção para mitigar riscos no campo, a partir de dados do Instituto Nacional de Meteorologia e em face às alterações climáticas, já é realidade no Nordeste.
A primeira apólice de seguro rural para a produção de cacau do país foi emitida em agosto e o prêmio conta com a subvenção federal de 20%, implementada no início do ano e também inédita. A cobertura é para a produção de cacau em três fazendas de Ilhéus, no sul da Bahia. O vínculo inicial está focado na falta ou no excesso de chuvas por dois meses, período definido baseado nas intempéries costumeiras desta época na região. O objetivo é evitar impactos como os ocorridos na região da costa do cacau entre 2014 e 2016, quando houve uma seca que acabou com cerca de 50 mil hectares produtivos.
Trata-se de uma revolução de mercado, em que os próprios produtores participaram da definição dos parâmetros que permitem o acionamento do seguro, de uma forma completamente personalizada, e o Inmet é quem apresenta os dados meteorológicos para controle. “O Seguro Paramétrico coloca o contratante em primeiro lugar, pois se adequa às necessidades reais dele. Nós entendemos as necessidades dos agricultores da região e desenhamos uma apólice de seguro totalmente customizada, levando em conta o clima e os riscos daquela região, a fim de evitar qualquer prejuízo na safra. Temos de oferecer seguros que realmente façam sentido aos produtores e levar uma contribuição ainda mais efetiva para o agronegócio”, explica Júlia Guerra, diretora comercial de Agronegócios, Alimentos e Bebidas, Papel e Celulose da Wiz Corporate.
O seguro paramétrico é desenhado “sob medida”, leva mais eficiência e geralmente é até mais barato que o modelo tradicional, podendo ser adquirido para diversos cultivos, em qualquer região. “O agronegócio é uma indústria a céu aberto e sofre muito com os riscos climáticos. Então é importante encontrar uma solução para cobrir o que não tem como prevenir, como o clima. No caso do cacau, encontramos uma seguradora no mercado que assumiu o risco e comprou a ideia conosco”, explica Júlia.
Ainda pouco difundido no país, o seguro de índice movimenta US$ 100 bilhões por ano no mundo. “Hoje, 75% dos agricultores brasileiros não fazem seguro de colheita. Queremos tirar a imagem de que o seguro é mais um custo e tratá-lo como uma ferramenta real de mitigação do risco”, conclui.