21/7/2021 – Uma ferramenta de análise perde seu potencial e precisão se os dados não forem selecionados, coletados e armazenados corretamentePara que as iniciativas em analytics funcionem é preciso o engajamento de diversas áreas da empresa de forma a garantir que atuem de forma integrada
Cada vez mais as empresas investem em estratégias e ações em analytics, ou gestão de dados, como solução para novos desafios. Analytics é o processo de exploração de dados baseado em pensamento crítico – fundamentado em experiências de gestão corporativa, governança em negócios, finanças e tecnologia – resultando em descobertas e respostas para os questionamentos, sejam eles hipóteses levantadas ou verdades a serem questionadas.
Para que as iniciativas em analytics funcionem, também no departamento jurídico, é preciso o engajamento de diversas áreas da empresa de forma a garantir que atuem de forma integrada, ou seja, unindo as diversas frentes e equipes para a construção de conceitos e conclusões válidas para o conjunto da empresa como um todo. Em outras palavras, é necessária uma mudança cultural da empresa e seus colaboradores.
Muitas vezes, essa estratégia é demonstrada por meio de Business Intelligence (BI), ou inteligência de negócio. Contudo, se engana quem acredita que o investimento em software e ferramentas de BI ultrassofisticados, por si só, seja capaz “dar conta do recado” e trazer as tão esperadas respostas e conclusões que uma iniciativa de analytics promete.
Segundo Camila Mortati, sócia-fundadora e COO da Legaltech e Insurtech EHTS, “uma ferramenta de análise perde seu potencial e precisão se os dados não forem selecionados, coletados e armazenados corretamente. Estes dados devem ser também consistentes e terem sido identificados a partir dos questionamentos adequados.”
Por esta razão, toda a análise de questões empresariais, para ser realmente eficaz, deve se iniciar pela apresentação de perguntas adequadas. Estes questionamentos dependem de uma pesquisa prévia e do entendimento aprofundado do negócio, além de uma compreensão global do cenário discutido. Por exemplo, logo no início, se questiona o que a empresa quer e precisa avaliar, em qual período, por qual razão, em quais contextos atuais e passados e de que modo.
Este processo é um esforço permanente de melhoria, sendo necessário o rigor na aplicação destes conceitos, sob pena de observar-se conclusões falsas e uma mentirosa sensação de controle. “Por este motivo, o entendimento do que acontece antes, durante e após a implementação de ferramentas tecnológicas requer o trabalho de analytics. A análise de dados precisa fazer parte de um fluxo contínuo, estratégico e compartilhado”, conclui.