São Paulo 15/3/2022 – Os animais domésticos são tutelados pelo Estado, e sua proteção é assegurada pelo artigo 225 da Constituição Federal.Os pets são sinônimo de companheirismo, amizade e lealdade.
Ter animal de estimação é a uma opção que traz muitos benefícios a saúde física e mental das pessoas. O tutor deverá oferecer a ele todos os cuidados necessários para garantir uma condição de vida digna. Todos os animais têm direito a alimentação, água, lar, saúde, carinho, diversão e serem felizes. Cães entediados podem desenvolver uma série de problemas como: destruição de objetos, automutilação, ansiedade de separação e apatia.
As estimativas demonstram que existem hoje cerca de 30 milhões de animais abandonados nas ruas do Brasil. “O abandono de animais leva a outras situações que impactam diretamente na saúde pública dos municípios, como o aumento das populações de cães e gatos nas ruas, atropelamentos que resultam em acidentes de trânsito e o crescimento de zoonoses como a Leishmaniose e a infestação de parasitas”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).
Os animais domésticos são tutelados pelo Estado, e sua proteção é assegurada pelo artigo 225 da Constituição Federal, assim como pelo artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998). Ainda, a Lei Distrital nº 4.060/2007 estabelece em seu artigo 3º, inciso V, que é considerado maus-tratos deixar de prestar assistência veterinária ao animal doente, ferido, extenuado ou mutilado.
A Leishmaniose é uma zoonose. Isso significa que ela é uma doença transmitida entre os animais e os seres humanos. É importante realizar exames regulares para saber se o animal está infectado. Quanto antes for iniciado o tratamento, maior a chance de recuperação. “Os cachorros são o reservatório e fonte de infecção do agente, que é transmitido pela picada do inseto vetor conhecido por mosquito-palha”, explica a Dra. Adriana Falco de Brito, docente do curso de Medicina Veterinária da Unoeste.
O calor e a umidade aumentam consideravelmente a possibilidade de infestação de pulgas e carrapatos nos animais de estimação. Esses parasitas, além de causar muito desconforto, podem transmitir doenças graves, inclusive para humanos. “Por isso, adotar ações preventivas, como cuidados com o ambiente onde o animal vive e a utilização de produtos específicos são fundamentais para proteger a saúde dos animais e com quem eles convivem”, relata Vininha F. Carvalho.
“A melhor forma de atuar é sempre a prevenção. É preciso conscientizar os tutores para o uso periódico de produtos que combatam os parasitas”, orienta Cristiano Anjo, gerente de marketing da Elanco Pets para o Brasil e Cone Sul.
Um estudo realizado pelo Hospital Universitário Kuopio, na Finlândia, avaliou 397 crianças nascidas no hospital entre setembro de 2002 e maio de 2005 durante seus primeiros anos de vida. Durante a pesquisa, foi constatado que as crianças que tinham contato com cães desde cedo apresentavam menos infecções no ouvido, entupimento de nariz e tosse. Outro estudo da Universidade da Suécia, com 650 mil crianças, apontou que as que convivem com cachorros em casa têm menor probabilidade de desenvolver asma.
“Os tutores devem ter responsabilidade em todas as situações que envolvem os seus animais de estimação. A causa animal vem ganhando cada vez mais aliados na sociedade brasileira. O respeito aos animais e a maneira como eles são tratados reflete diretamente no meio ambiente e na educação das crianças”, conclui Vininha F. Carvalho.