São Paulo 21/3/2022 – A taxa de recarga dos aquíferos é muito lenta em comparação com a das águas superficiais.Discussões em torno do futuro da água e das boas políticas de gestão hídrica ganham destaque nesta data.
O dia 22 de março foi oficialmente nomeado pela ONU, através da resolução A/RES/47/193, como o Dia Mundial da Água, uma forma de chamar a atenção da população para a importância da água doce e defender o manejo sustentável dos recursos hídricos. “A Declaração Universal dos Direitos da Água, criada pela ONU em 1992, diz que a água é um patrimônio e nós somos responsáveis pela sua conservação”, ressalta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).
A água está se tornando escassa em muitas regiões do planeta e será necessário o consumo consciente, ou populações inteiras, que já sofrem escassez, passarão a conviver com situações dramáticas. A população, seja ela urbana, rural, residente em periferia ou pequenas comunidades, tem direito a água potável de boa qualidade, livre de qualquer tipo de contaminação. A contaminação que se alastra em vários aquíferos poderá comprometer o ciclo de vida de todas as espécies.
A taxa de recarga dos aquíferos é muito lenta em comparação com a das águas superficiais. O tempo médio de reciclagem para lençóis freáticos é de aproximadamente 1.400 anos. A água dos aquíferos se move dentro da Terra com lentidão glacial e seus poluentes continuam a acumular. Diferente dos rios, os aquíferos se transformam em tanques para poluentes, diminuindo desta forma a quantidade de água pura que podem produzir para consumo humano.
“Em vista dos poluentes naturais e antropogênicos nas águas subterrâneas e superficiais, a demanda constantemente crescente por água potável para uma população global em crescimento, bem como a demanda igualmente crescente por produtos agrícolas e industriais estão colocando demandas cada vez mais complexas em tecnologias de tratamento de água e produtos”, afirma o Dr. Stefan Neufeind, head of Technical Marketing da Lanxess, na Alemanha.
“O ser humano está contribuindo para a mudança da geografia da terra, das encostas e dos cursos da água, aumentando a vulnerabilidade para se tornar vítima dos eventos extremos da natureza como inundações, secas, deslizamentos de terra, entre outros fenômenos climáticos. A água, sua produção, preservação, proteção e uso racional são temas ambientais dos mais importantes na atualidade. Pouco valor terá casas, terrenos, edifícios, se não houver a água potável. É necessário promover debates em todos os níveis da sociedade, por pessoas de todas as idades, em locais acessíveis à comunidade. Mobilização social é a chave para a solução do desperdício. É preciso mobilizar pessoas, grupos, organizações, segmentos da população para que saiam da estagnação e criem, através da educação e conscientização, um ideal coletivo de uso racional da água”, pontua Vininha F. Carvalho.
O sistema de gestão dos recursos hídricos vive momentos decisivos. Questões vitais precisam ser definidas para a preservação deste precioso líquido. Os sistemas de água doce não sobreviverão se o habitat ao redor for destruído pelo desmatamento descontrolado, urbanização desenfreada e consequente poluição.
“Prover acesso à água de qualidade e gerir as questões relacionadas aos recursos hídricos é essencial para o progresso econômico e social, uma vez que permite proporcionar qualidade de vida da população, reduzir a pobreza, diminuir as taxas de mortalidade e os gastos com saúde pública e favorecer o desenvolvimento econômico”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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