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Alta do mercado de crédito aquece marketplaces financeiros



São Paulo – SP 26/11/2021 – Quando se trata de linha de crédito, os marketplaces são a melhor escolha para empreendedoresMercado de crédito registrou crescimento de 15,5% em 2020, de acordo com o Banco Central; especialista comenta aquecimento de setor, que impulsiona a criação de novas fintechs de crédito pelo país

A expansão das fintechs, como são chamadas as startups financeiras, e o aquecimento do mercado de crédito no Brasil, que, segundo o BC (Banco Central), registrou crescimento de 15,5% do setor em 2020, têm possibilitado aos empreendedores – dos mais diversos portes – possibilidades e soluções para a gestão de negócio e o equilíbrio das finanças em um mercado cada vez mais digitalizado. Nesse sentido, cresce no país, no contexto das fintechs que oferecem soluções de crédito aos clientes, os marketplaces financeiros.

Funcionando como um ecossistema que reúne em uma mesma plataforma digital bancos, fintechs e empresas que trabalham com soluções financeiras próprias, os marketplaces financeiros trabalham como uma “ponte” entre os usuários e estas instituições, oferecendo, entre outros serviços, empréstimos e antecipação de recebíveis. Estando, além disso, estabelecido no meio digital, os marketplaces financeiros demandam menos burocracia aos usuários do que os bancos tradicionais.



De 2012, quando as primeiras fintechs foram criadas no país, até abril deste ano, foram investidos mais de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 25,4 bilhões) neste tipo de instituição no Brasil, em uma abrangência de 536 negócios, de acordo com relatório “Distrito Fintech Mining Report 2021”, divulgado em abril pela plataforma de inovação aberta Distrito. 

Atualmente, existem 1.158 fintechs, divididas em 14 categorias no Brasil – as startups financeiras que oferecem soluções de crédito já somam 157, representando 13,5% do total. Em diagnóstico ainda mais detalhado, realizado igualmente pela Distrito, no levantamento “Inside Fintech Report”, foram contabilizados 44 marketplaces financeiros no Brasil. 

Comparação de taxas e melhores condições para a gestão de negócio

Para Guilherme Mello, CEO da Loopa, empresa de tecnologia financeira, os marketplaces financeiros “reúnem soluções de instituições que normalmente um pequeno ou médio empreendedor não teria acesso, como bancos de investimento e fintechs”. 

O executivo pontua que, pelo fato de haver diferentes empresas prestando o mesmo serviço nestas plataformas, na tentativa de captar clientes, a possibilidade de serem encontradas linhas de crédito com juros mais baixos tende a ser maior. “Quando se trata de linha de crédito, os marketplaces são a melhor escolha para empreendedores. Por reunirem diferentes empresas prestando o mesmo serviço, a competição é maior e quem ganha é o cliente”.

Dentro desta lógica, Mello dá o exemplo do chamado “Leilão Reverso”, ferramenta que pode ser encontrada em alguns marketplaces financeiros. “Em um leilão tradicional, ganha quem paga mais pelo item. Já neste serviço, a instituição que oferecer a menor taxa ganha o leilão do serviço”, afirma. 

Esta funcionalidade, prossegue o CEO da Loopa Digital, é indicada a clientes que buscam empréstimos e antecipação de recebíveis e podem, assim, comparar e escolher, em uma mesma plataforma, as melhores taxas do mercado. “É fundamental para o sucesso de um empreendimento que haja a possibilidade de que sejam comparadas as taxas cobradas e que a cotação dos serviços possa ser feita de forma célere. Além disso, é preciso dispor, sem muita procura, das melhores ferramentas para o controle do negócio”.

Segundo o estudo “Fintech Deep Dive 2020” realizado pela ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) junto à consultoria e auditoria PwC Brasil, é cada vez mais evidente que a atuação das fintechs de crédito se dá com foco nas pequenas e médias empresas. A pesquisa, realizada com representantes de 148 fintechs, de diferentes portes e setores, indicou que mais da metade (51%) das startups financeiras consultadas atendem empresas, com predomínio (41%) das pequenas e médias companhias. 

Além disso, ainda segundo o estudo, o foco exclusivo no atendimento a empresas também aumentou de 29% para 40%, demonstrando uma confiança maior dos clientes corporativos nestas instituições financeiras.

“Hoje, as pessoas estão cada vez mais conectadas e informadas e podem – e devem – exigir segurança de dados e transparência das empresas, sobretudo no setor financeiro. E, sendo a transparência e a inovação duas das características mais marcantes das fintechs, a procura por esses serviços só tende a crescer”, diz Mello.

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