Por Martin Seefelder*
Inteligência Artificial (IA) é a “Buzzword” do momento. Empresas fazem planos robustos e startups prometem desenvolver projetos incríveis sobre essa tecnologia. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Os níveis de interesse e investimento em Inteligência Artificial têm crescido tanto nos últimos três anos que alguns já começam a traçar paralelos com a bolha da internet, que ocorreu nos anos 90. Mas, afinal, o que é IA e como ela realmente pode ajudar a sua empresa a crescer?
Os sistemas de IA são capazes de realizar, de forma muito mais eficiente, tarefas simples e repetitivas do cotidiano de grandes organizações, como emitir e conferir notas fiscais, conferir pedidos de benefícios de empregados, enviar e-mails de cobranças a fornecedores e até tomar decisões complexas como, por exemplo, definir qual cliente tem maior probabilidade de comprar um determinado produto.
Antes de chegar nesse nível, porém, o mais indicado é iniciar esse processo de mudança com pequenos passos, mas com uma visão ampla para o futuro. Nesse ponto entra o Robotic Process Automation (RPA), que nada mais é do que um software que automatiza as ações do usuário.
Apesar de simples, o RPA é um primeiro passo na escalada da Inteligência Artificial corporativa. O grande diferencial do RPA é que ele não precisa desenvolver interfaces complexas e consegue ser flexível o suficiente para que sua manutenção seja relativamente simples. Isso reduz muito o seu tempo e custo de implantação.
Após ter implementado alguns processos e colhido os frutos dessa automação, o próximo passo nessa jornada é incluir alguns elementos cognitivos no caminho, como reconhecimento de imagens, chatbots – é um robô (robot) que conversa com as pessoas via chat – ou até alguns algoritmos baseados em aprendizado de máquina (Machine Learning).
Por exemplo, é possível automatizar todo o processo de pagamento de uma nota fiscal, com robôs que reconhecem o valor da nota, validam o processo e executam o pagamento.
O terceiro passo nessa jornada é mais complexo, pois quando a empresa começa a desenvolver modelos baseados em Machine Learning para prever resultados futuros com base em seus dados históricos. São projetos de investimento mais elevado, mas que permitem, por exemplo, otimizar o consumo de matérias-primas, aprimorar a manutenção de equipamentos e até melhorar a compreensão sobre seus clientes.
Grandes empresas brasileiras já estão trabalhando fortemente na adoção da Inteligência Artificial em suas operações e colhendo benefícios concretos e impressionantes. Mas a sua empresa não precisa ser uma grande corporação para começar a trabalhar com a Inteligência Artificial.
Projetos de RPA, por exemplo, podem ser executados com orçamentos relativamente modestos e até mesmo ser realizados de forma modular, no qual a automação de um processo piloto é capaz de ter resultados expressivos que podem ser utilizados para financiar os próximos passos, criando assim um ciclo virtuoso de automação e eficiência.
*Martin Seefelder é gerente sênior da Deloitte Brasil e certificado em Inteligência Artificial para negócios pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology).
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