A pandemia do novo coronavírus não só impulsionou o forte crescimento do comércio eletrônico, como também trouxe algumas tendências para as lojas físicas. Com medidas de distanciamento social e restrições de circulação de pessoas, alguns estabelecimentos passaram a oferecer novos serviços para manter o ritmo das atividades e disponibilizar conveniência e segurança para os clientes.
“Essas transformações têm contribuído de certa forma com a aceleração digital nos pontos de venda também”, explica Anderson Locatelli, fundador e CEO da Sled. Por conta disso, o executivo lista algumas das principais tendências em andamento no comércio.
Confira:
Digitalização do troco
Com o maior receio em manusear dinheiro em espécie, seja em moedas ou cédulas, o troco digital virou uma alternativa com maior segurança sanitária para os consumidores, que podem fazer a opção após o operador fechar a venda em locais que oferecem o serviço. Já para o varejista, a solução evita a falta de troco e diminui a necessidade de fazer sangrias de caixa, aquele momento em que o operador interrompe o seu trabalho para contar as cédulas, gerando filas indesejadas para os clientes e vulnerabilidade para a segurança de todos.
Saque no varejo
Com a constante diminuição no número de caixas eletrônicos e de agências bancárias pelo país, soluções de saque no varejo, por meio de cartões de débito ou pré-pago nos caixas dos pontos de venda, são uma alternativa bem-vinda. “A grande inovação é conseguir oferecer esse serviço sem que o cliente precise comprar nada em troca ou pagar pela operação”, aponta Locatelli. Segundo ele, a tendência é que as lojas não sejam apenas mais que um mero local de compras, mas sim, um hub de conveniência com um mix variado de produtos e novos serviços como o saque. “Essa solução vai ajudar muito as pessoas que vivem mais afastadas dos grandes centros, que são as que geralmente não tem um caixa eletrônico por perto”, avalia.
PIX como meio de pagamento
Apesar de a adesão ainda ser relativamente baixa, o uso do Pix como meio de pagamento começa a crescer. Para o consumidor, o sistema pode trazer maior rapidez para confirmar a compra. Já para o varejista, é a forma de pagamento mais barata, por conta da taxa menor se comparada com os cartões de crédito e débito, além do recebimento acontecer no ato.
Compras personalizadas
Com o aumento do uso de novos canais de atendimento, como aplicativos de mensagens e aplicativos de entregas, muitos pontos de venda estão apostando na criação da figura do personal shopper, profissional disponível nos estabelecimentos para receber os pedidos e personalizar as compras, de acordo com os gostos dos consumidores. Por meio deste profissional, o cliente recebe informações mais precisas dos produtos desejados e tem maior agilidade na hora de escolher. Assim, a figura do personal shopper permite que os consumidores escolham os produtos com mais assertividade, sem precisar se deslocar até as lojas.
Doação do troco digital
Dentro de algumas soluções que oferecem o troco digital, já é possível selecionar a opção de doação do troco. Nesses casos, ao invés de receber o montante no seu CPF, o consumidor escolhe alguma instituição filantrópica para contribuir dentro de uma lista de ONGs cadastradas no sistema integrado ao caixa. Segundo Locatelli, o serviço é uma opção transparente e acessível, já que a doação tem origem no CPF do cliente, o que elimina custos tributários para o varejista, além de viabilizar que o valor seja creditado instantaneamente na conta da entidade beneficiada. “É uma maneira de consumidores e lojistas contribuírem sistematicamente com causas de impacto social”, completa Locatelli.
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