Reconhecendo que a inovação tecnológica está mudando o setor bancário a uma velocidade vertiginosa, 50% dos executivos do setor (55% no Brasil) esperam trabalhar com novos parceiros digitais dentro de sua indústria nos próximos dois anos, de acordo com uma pesquisa global da Accenture realizada com mais de 300 executivos. Além dos desafios tecnológicos atuais, 85% (90% no Brasil) preveem que o ritmo da mudança tecnológica aumentará a uma taxa sem precedentes nos próximos três anos.
Criar ecossistemas digitais onde os bancos podem conectar clientes com outros prestadores de serviços e produtos – em outras palavras, criar um negócio de “economia de plataforma” – é uma das várias tendências que estão redefinindo o cenário bancário. De acordo com o relatório Accenture Technology Vision for Banking 2016, a colaboração com parceiros digitais permitirá aos bancos oferecer serviços adaptados às preferências dos clientes.
“Para os bancos, criar plataformas significa entender o lugar privilegiado conquistado no ecossistema de clientes, resultante da confiança, conectividade ou dados proprietários, e reconhecer o valor dessa posição no mercado”, explica Alan McIntyre, diretor executivo sênior e líder da Accenture Banking. “O enorme volume de dados e as parcerias que os bancos já possuem implementadas são atualmente ativos que as instituições necessitam para alavancar sua vantagem na criação de novos modelos de negócios. A otimização digital dos modelos tradicionais de negócios bancários pode acrescentar 5% ao retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), mas se os clientes começarem a migrar para novos serviços baseados em plataforma fora do setor bancário, o aumento da lucratividade de um negócio que está encolhendo não será muito confortável para os acionistas.”
Segundo a pesquisa, 83% dos executivos de bancos (87% no Brasil) acreditam que as plataformas serão a “cola” que irá unir as organizações na economia digital, sendo que 40% dos respondentes globais (55% no Brasil) dizem que a adoção de um modelo de negócio de plataforma e o engajamento com parceiros digitais são muito críticos para o seu sucesso. Dos bancos que esperam trabalhar com novos parceiros digitais, 44% (42% no Brasil) esperam que essas parcerias sejam feitas fora do setor bancário nos próximos dois anos.
Flexibilidade da força de trabalho
A natureza mutável do setor bancário também irá exigir um tipo diferente de força de trabalho: focada em resultados, em vez de processos. De acordo com o relatório, 79% dos entrevistados (85% no Brasil) concordam que a força de trabalho do futuro estará estruturada mais por projetos do que por funções de trabalho.
“Implementar as tecnologias certas para conseguir a transformação digital é apenas uma parte da equação; os bancos também precisam aproveitar a tecnologia para permitir que sua equipe faça as tarefas certas em um ambiente ágil e adaptável ”, avalia McIntyre. “A força de trabalho flexível com um conjunto de habilidades em evolução vai ajudar os bancos a acompanhar o rápido ritmo das mudanças, enquanto mantêm-se próximos aos clientes. No entanto, uma força de trabalho ágil e baseada em projeto também irá criar novos desafios de gestão para aqueles acostumados com um modelo hierárquico ”.
Entre os executivos entrevistados 75% (73% no Brasil) acreditam que a “força de trabalho líquida”, ou mais fluída, melhorará a inovação por meio da introdução de ideias e indivíduos diversificados no processo. Esta força de trabalho líquida será composta por uma mistura de colaboradores tradicionais, colaboradores sob demanda, crowdsourcing, empresas de desenvolvimento de aplicativos e outras fontes externas, permitindo que os bancos aumentem ou diminuam o pool de talentos conforme a necessidade e para uma maior variabilidade de custos e eficiência. Três quartos dos banqueiros esperam que uma grande parte de sua força de trabalho mude de indivíduos com profunda experiência em uma determinada área para generalistas multiqualificados e mais flexíveis nos próximos três anos.
O relatório também destaca que a automação e inteligência artificial serão os novos parceiros de trabalho essenciais dos bancos; 84% dos entrevistados (81% no Brasil) concordam que o uso de inteligência artificial proporciona uma vantagem competitiva que vai além da redução de custos. Seus principais alvos para mais automação incluem: trabalhadores do conhecimento (86% globalmente e 91% no Brasil), interação com o cliente (86% globalmente e 81% no Brasil) e tarefas de tecnologia da informação (87% globalmente e no Brasil).
Confiança digital
Maior abertura e acessibilidade resultam em maior vulnerabilidade. À medida que os bancos aumentam o número de pontos de contato com os clientes, eles também multiplicam o número de possíveis pontos de acesso para hackers. Embora 83% dos entrevistados (87% no Brasil) concordem que a confiança é o pilar da economia digital, 74% (85% no Brasil) concordam que atualmente estão expostos a mais riscos do que equipados para lidar como um negócio digital. E embora os clientes confiem nos bancos para manter seu dinheiro e acessar seus dados pessoais, eles são céticos em relação ao fato dos bancos estarem lhes oferecendo a melhor consultoria e os melhores serviços para as suas necessidades.
“Os bancos têm muito trabalho a fazer para tranquilizar os clientes de que seus interesses são prioridade para as instituições e que seus dados estão sendo tratados de forma ética e segura”, conclui McIntyre. “O primeiro passo para garantir a “confiança digital’ é ser transparente e comunicar claramente os dados que estão sendo coletados e com qual finalidade, e depois usar esses dados para o objetivo principal de oferecer aos clientes benefícios vinculados aos dados que estão sendo compartilhados.”
Segundo o relatório, 82% dos entrevistados (85% no Brasil) concordam que a falta de segurança de dados e controle ético poderia excluí-los de participar de plataformas digitais de outras empresas e ecossistemas mais amplos.
Serviço
CIAB FEBRABAN 2016
Data: de 21 a 23 de junho
Horário: 8h às 20h
Local: Transamérica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mario Vilas Bôas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo/SP
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