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Brasil tem quase meio bilhão de dispositivos digitais em uso



A 34ª edição da Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) e Uso nas Empresas revelou que, em maio deste ano, o Brasil teria mais de dois dispositivos digitais (2,2) por habitante. De acordo com o estudo, divulgado no último mês de abril, o país possuía 464 milhões de dispositivos digitais, entre computadores, notebooks, tablets e smartphones, em uso tanto em âmbito doméstico quanto corporativo.

A pesquisa foi produzida e divulgada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGVcia), ligada à Fundação Getulio Vargas (FGV). Outro dado revelado pelo levantamento mostra que o Brasil possui um total de 249 milhões de celulares inteligentes em uso, o que representa 1,2 smartphones por habitante. Considerando também os notebooks e tablets, o país conta com 364 milhões de dispositivos portáteis, ou seja, uma média de 1,7 por habitante.

O número de smartphones em uso é um indicativo de que os brasileiros têm esses aparelhos como um dos principais meios de acesso a informações, serviços e entretenimento, o que pode ser uma oportunidade para empresas que investem em tecnologias digitais para conquistar e manter clientes. Ainda segundo a pesquisa do FGVcia, em média, as empresas investem 9% de sua receita anual em TI. E para que os investimentos possam se transformar em retorno para as empresas, é preciso planejar com cautela antes de empregar recursos em tecnologias digitais, como é o caso dos aplicativos exclusivos para acesso direto dos clientes aos serviços ou produtos da marca.



Com mais de 10 anos na área de Tecnologia da Informação, com experiência no desenvolvimento de softwares para dispositivos móveis, Leandro Fernandes de Oliveira explica que a criação de um aplicativo (também conhecido como app) próprio da empresa pode trazer diversos benefícios, mas é importante avaliar quando realmente vale a pena investir nessa solução.

“Um aplicativo pode proporcionar uma experiência personalizada e conveniente para os clientes, permitindo que eles acessem informações sobre a empresa, façam compras, solicitem serviços e se comuniquem de forma direta através de um chat, por exemplo”, diz. Ele reforça que um aplicativo pode fortalecer a marca e criar um canal de relacionamento contínuo com os clientes, aumentando a fidelidade e o engajamento. “No entanto, é preciso considerar alguns fatores antes de investir na criação de um aplicativo próprio”, aconselha.

Um dos principais fatores a serem observados, segundo Oliveira, é entender se os clientes ou o público-alvo da empresa realmente utilizam aplicativos móveis com frequência e se eles preferem esse tipo de interação. “É necessário também avaliar o custo do desenvolvimento e manutenção do aplicativo, sem esquecer de analisar a competição no mercado de aplicativos relacionados ao segmento da empresa”, pondera.

“App white label” pode ser a solução para reduzir custos e economizar tempo, destaca especialista

Segundo o desenvolvedor de softwares para dispositivos móveis Leandro de Oliveira, quando a empresa conclui que o investimento necessário para criar e promover o aplicativo não compensa os benefícios esperados e quando não houver um diferencial significativo em relação às soluções já disponíveis, talvez seja mais vantajoso explorar outras opções, como a de “app white label“.

“A prática de “app white label” seria basicamente customizar um aplicativo existente para atender às necessidades específicas de uma empresa ou cliente. Um dos principais benefícios dessa abordagem é a economia de tempo e recursos. Em vez de desenvolver um aplicativo do zero, a empresa pode aproveitar um aplicativo já existente e personalizá-lo para atender às suas necessidades específicas”, informa.

O profissional destaca também que a prática de adotar apps já prontos e customizáveis é amplamente utilizada no mercado. Além disso, a customização de um aplicativo “white label” oferece a vantagem de aproveitar os recursos e funcionalidades já disponíveis no aplicativo base. Isso inclui recursos de segurança, integração com sistemas existentes e recursos de análise de dados, entre outros.

“Eu pude comprovar a crescente preferência por essa solução durante atuação em projetos de uma empresa que fornecia aplicativos “white label” para clientes americanos e canadenses. Ao adaptar esses recursos conforme necessário, a empresa evita a necessidade de desenvolvê-los desde o início, agilizando ainda mais o processo de customização”, comenta.

Mesmo com todas as vantagens, Oliveira destaca que também existem alguns contras no uso dessa solução. “Existem algumas limitações em relação ao design e a funcionalidades exclusivas, por exemplo. A empresa não terá o mesmo nível de controle e personalização que teria ao desenvolver um aplicativo próprio. Portanto, é fundamental avaliar cuidadosamente as necessidades da empresa antes de optar por este caminho”, conclui Leandro de Oliveira.

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