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Estudo aponta dados de indústrias extrativas e de transformação

Segundo os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) para as indústrias extrativas e de transformação registrou um aumento médio de 1,58% em julho de 2024, em comparação a junho do mesmo ano. Essa variação segue o aumento de 1,26% observado no mês anterior, conforme informado na publicação oficial do IBGE.

De acordo com o relatório, o setor das indústrias extrativas destacou-se com uma variação de 3,48% em julho, um crescimento expressivo quando comparado ao aumento de 1,61% registrado em junho. As indústrias de transformação, por sua vez, apresentaram uma variação de 1,48%, ligeiramente superior ao 1,25% verificado no mês anterior. Esses resultados indicam uma aceleração no aumento dos preços praticados pelas indústrias, conforme apontado no relatório.

O levantamento do IBGE destacou ainda que 21 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações positivas de preço em julho, seguindo a tendência de alta observada nos meses anteriores. Entre as atividades com maiores variações, destacaram-se a metalurgia (4,47%), papel e celulose (3,79%), indústrias extrativas (3,48%) e refino de petróleo e biocombustíveis (2,83%). Conforme o relatório, esses setores foram os principais responsáveis pela alta no índice da indústria geral.



No acumulado do ano, os preços industriais registraram um aumento de 4,18% até julho de 2024, marcando o quinto maior valor para este mês desde o início da série histórica, em 2014. Em contraste, no mesmo período do ano anterior, a variação acumulada era de -7,17%. As atividades de metalurgia, papel e celulose, fumo e madeira foram as que apresentaram os maiores aumentos no acumulado do ano, conforme o estudo.

José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos para construção civil Trans Obra, afirmou que o cenário atual, marcado por aumentos nos preços ao produtor, sugere um momento crítico para a indústria brasileira, onde a inovação, a sustentabilidade e a adaptação tecnológica precisam ser aceleradas. José Antônio continuou dizendo que para lidar com os desafios de preços em alta, as indústrias terão que investir intensamente em automação e digitalização de processos, adotando tecnologias de inteligência artificial, machine learning, e Internet das Coisas (IoT) para aumentar a eficiência produtiva, reduzir custos e mitigar impactos da volatilidade de preços de insumos e produtos. “A grande questão é como essas indústrias podem transformar o desafio de aumento de preços em uma oportunidade de crescimento sustentável e inovador”.

Ainda sobre o relatório divulgado, o setor de refino de petróleo e biocombustíveis teve grande destaque na composição do resultado agregado em julho, sendo responsável por 0,29 ponto percentual (p.p.) da variação de 1,58% da indústria geral. Outros setores, como metalurgia (0,28 p.p.), alimentos (0,21 p.p.) e indústrias extrativas (0,17 p.p.), também exerceram influências significativas, conforme informado na publicação.

Perguntado sobre o assunto do estudo, José Antônio afirmou que o Brasil possui um vasto potencial para se tornar um protagonista global em práticas industriais avançadas e sustentáveis, mas isso exigirá uma mudança de paradigma, onde a inovação tecnológica, a sustentabilidade e a flexibilidade estratégica sejam colocadas no centro das operações industriais. José continuou dizendo que no setor de máquinas e equipamentos para construção civil, a opção de aluguel de andaimes tem sido um exemplo de alternativa inteligente para empresas do ramo, na hora de pensar em melhor gerenciamento de custos de manutenção visando o benefício de redução de custos em toda cadeia produtiva. “As empresas devem pensar em maneiras inteligentes de gerenciar seus custos para beneficiar os processos de ponta a ponta, melhorando os preços”.