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Estudo aponta dados de lançamentos imobiliários no Brasil

De acordo com dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado imobiliário brasileiro registrou crescimento no quarto trimestre de 2024, com 111.671 novas unidades residenciais lançadas. Segundo os dados apresentados pelo relatório da CBIC/CII, esse volume representa um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2023 e de 9,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. O levantamento também aponta que, no acumulado de 12 meses, foram lançadas 383.483 unidades, evidenciando uma variação positiva de 18,6% em comparação ao período anterior.

Conforme informado na publicação, a região Sudeste se destacou no período, sendo responsável pelo lançamento de 63.543 unidades, um crescimento de 20% na comparação anual e de 21,9% em relação ao trimestre anterior. O Sul do país também apresentou alta, registrando 20.749 novas unidades, um avanço de 3,8% em relação ao quarto trimestre de 2023. Em contrapartida, o estudo aponta que as regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram quedas de 13,3% e 2,1%, respectivamente, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior.

A publicação informa ainda que o Nordeste manteve um patamar elevado de lançamentos, com 19.474 unidades, uma leve retração de 3,4% em relação ao quarto trimestre de 2023, mas com crescimento de 7,7% na comparação com o trimestre anterior. Já o Centro-Oeste, com 6.146 unidades lançadas, apresentou redução de 24,9% na comparação trimestral. A região Norte teve um desempenho mais fraco, com 1.759 novas unidades, representando a maior queda percentual do período, de 36% em relação ao terceiro trimestre de 2024, de acordo com os dados divulgados.



José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos em Belo Horizonte, Minas Gerais, para construção civil, Trans Obra, afirmou que o crescimento do mercado imobiliário no último trimestre de 2024 reflete uma retomada sólida do setor da construção civil, impulsionada por fatores como acesso ao crédito, demanda habitacional e investimentos estratégicos. José ainda disse que esse cenário abre espaço para investimentos estratégicos, como a expansão de empresas especializadas no aluguel de máquinas pesadas ou equipamentos, especialmente em regiões de crescimento acelerado. “Considerando o avanço do setor e a demanda crescente por infraestrutura, é possível afirmar que franquias que valem a pena investir incluem aquelas voltadas à locação de equipamentos para construção civil, dada a previsibilidade de obras e a busca por alternativas mais econômicas em relação à aquisição de maquinário próprio”.

O relatório aponta dados também sobre o Valor Geral Lançado (VGL), que atingiu R$ 78 bilhões no quarto trimestre de 2024. Esse montante representa um crescimento de 20,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e um avanço de 38% quando comparado ao terceiro trimestre de 2024. No acumulado de 12 meses, o VGL chegou a R$ 233 bilhões, consolidando uma alta de 20,7% em relação ao ano anterior.

Perguntado sobre o estudo, José Antônio disse que a queda registrada nas regiões Norte e Centro-Oeste, por exemplo, reforça a importância de estratégias adaptativas para a indústria, com a diversificação dos serviços e a oferta de soluções modulares para atender a diferentes realidades do mercado. “Em um contexto de expansão imobiliária, a otimização do uso de equipamentos e a logística eficiente tornam-se fatores determinantes para a competitividade das empresas do setor”.