O setor de eventos no Brasil iniciou 2025 com perspectivas de crescimento impulsionadas por medidas de incentivo fiscal. A sanção da Lei 14.859/24 reformulou o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), estabelecendo um teto de R$ 15 bilhões em isenções tributárias até dezembro de 2026. A iniciativa contempla 30 atividades econômicas ligadas à cadeia produtiva, incluindo produção cultural, locação de estruturas e serviços de alimentação​.

Ainda segundo o site Migalhas, com a nova regulamentação, empresas do setor poderão operar com alíquota zero para tributos como IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins. A habilitação será conduzida pela Receita Federal, por meio de sistema eletrônico, e está condicionada à regularidade no Cadastur. Segundo dados oficiais, o setor representa aproximadamente 3% do PIB nacional e emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas​.

Ao mesmo tempo, a retomada econômica já se reflete em números. A Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) projeta que o mercado movimentará R$ 141,1 bilhões em 2025, com destaque para festivais e eventos regionais. O impacto direto em setores como turismo, hospedagem e transporte é apontado como um dos fatores de expansão da economia criativa no país​.



Esse crescimento também traz desafios para quem atua na organização de eventos. Muitos profissionais têm buscado formas de estruturar suas produções com mais eficiência, desde a escolha de fornecedores até a definição de escopo técnico. Em meio a esse movimento, temas como estrutura de eventos e equipamentos audiovisuais tornaram-se centrais no planejamento de produções de pequeno, médio e grande porte.

A reforma tributária aprovada em paralelo ao Perse também impacta diretamente o setor. A inclusão de atividades culturais e artísticas na alíquota reduzida de 60%, com carga efetiva de aproximadamente 10%, estimula a formalização de empresas e prestadores. Com isso, cresce a importância de iniciativas voltadas à profissionalização de produtores iniciantes, que buscam se adequar às exigências legais e fiscais.

Segundo a matéria do site Migalhas, para os organizadores, compreender o funcionamento da nova legislação é essencial, especialmente diante da introdução de modelos como o IVA e a futura substituição do CNAE pela Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS). A atualização constante em temas como avaliação pós-evento e gestão de indicadores de sucesso tem se tornado uma necessidade operacional.

A digitalização do setor também tem papel relevante nesse contexto. O uso de ferramentas on-line para a gestão de convidados, bilhetagem e comunicação direta com o público tem ampliado o alcance dos eventos. Estratégias descritas em conteúdos sobre marketing digital para eventos são adotadas por produtores que buscam posicionar suas produções em um mercado competitivo.

Com a continuidade do Perse e a implantação das reformas fiscais, a expectativa é de que o ambiente regulatório mais estável favoreça o crescimento de longo prazo. Segundo o portal Consultório Jurídico, a formalização e a capacitação técnica tendem a se consolidar como fatores determinantes para o fortalecimento da cadeia produtiva, ampliando as oportunidades para empresas e profissionais do setor de eventos em todo o país​.