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Fisioterapia respiratória ajuda no tratamento pós-covid-19



Durante os anos de pandemia, a covid-19 demandou recursos financeiros, evolução tecnológica e capacitação de profissionais da saúde, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros que atuaram na linha de frente. Dentre as principais sequelas da doença, estão os danos respiratórios causados pelo coronavírus, sendo o desconforto um dos sintomas mais recorrentes, em diversos níveis de intensidade.

Nesse contexto, fisioterapeutas especializados atuam até hoje, no pós-pandemia, no tratamento de pacientes que tiveram covid-19. Esses profissionais trabalham na recuperação da respiração espontânea, especialmente de pacientes que passaram por ventilação mecânica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A participação de um fisioterapeuta no acolhimento destes indivíduos é recomendada pelos médicos durante o tratamento pós-covid. “Esses profissionais exercem um papel importante na recuperação do sistema respiratório, trabalhando com exercícios que auxiliam na melhora da respiração, mobilizando os músculos ventilatórios”, explica a fisioterapeuta Larissa Siqueira, que se especializou em tratamento pós-covid.



De acordo com a especialista, algumas técnicas utilizadas na fisioterapia respiratória envolvem manobras de drenagem postural, manuseio da região torácica, percussão, vibração, vibrocompressão e facilitação da tosse, além de aspiração das vias aéreas superiores. “Pesquisas mostram que cerca de 40% dos pacientes que apresentaram sintomas ligados à perda da capacidade respiratória sentiram uma redução da capacidade pulmonar após a doença. Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho é melhorar a recuperação destes pacientes de acordo com o grau de complexidade de cada caso”, explica Larissa.

O Sars-CoV-2 causa uma inflamação no pulmão, resultando na dificuldade de respirar normalmente, causando cansaço e dificuldade de realizar atividades de rotina. Para evitar complicações, a fisioterapia respiratória deve começar no momento em que o paciente dá entrada no hospital. Essa medida ajuda na recuperação da capacidade respiratória e protege os pulmões da fadiga e perda de funções. 

Segundo Larissa, após esse auxílio inicial, também é papel do fisioterapeuta avaliar cada caso e prescrever um plano terapêutico que dará suporte respiratório, além de manter a capacidade muscular do corpo. “Depois que o quadro do paciente está estabilizado, os fisioterapeutas planejam os movimentos que o paciente deve realizar, desde sentar e levantar de uma cadeira, até exercícios mais funcionais, que estimulam os pulmões e os músculos do corpo”, exemplifica.

Antes de receber alta do hospital, o paciente deve realizar exames para avaliar se há sequelas e problemas relacionados ao comprometimento pulmonar. “Tem casos que precisam de medicações por algum período, como broncodilatador, corticoide e anticoagulante, por exemplo. Tudo isso deve ser considerado na hora de recomendar a fisioterapia mais adequada”, declara.

Sobre a autora

Larissa Siqueira é bacharel em fisioterapia com especialização em fisioterapia hospitalar, acumulando 9 anos de prática em cuidados domiciliares e uma experiência abrangente de 7 anos em serviços hospitalares, especializando-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Tem sólida experiência com pacientes usando ventiladores mecânicos, assim como em ressuscitação cardiorrespiratória.

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