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Golpes por WhatsApp aumentam com a chegada da Black Friday



Em 2021 aproximadamente 382 mil casos de estelionato e estelionato eletrônico ocorreram no estado de São Paulo, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Entre os mais comuns estão marcas que aumentam o valor do produto para depois colocá-lo em promoção, fazendo com o cliente pague mais do que o valor original.

Buscando por descontos, clientes esperam o ano todo pelo período no qual os preços caem, mas, infelizmente, nesta época os estelionatos por meio eletrônico também aumentam. Golpistas utilizam da euforia desta época para aplicar golpes, sobretudo através de redes sociais e aplicativos de comunicação, como o WhatsApp. 

Em casos mais graves, números desconhecidos entram em contato com clientes e utilizam informações falsas para fazer uma “venda fantasma” de alguma mercadoria que não será entregue ou serviço que não será prestado.



Tradição nos Estados Unidos, a Black Friday foi adotada no Brasil pela maioria dos setores do comércio, sendo um período com alto volume de vendas, em que os valores são reduzidos em até mais da metade do preço.

De acordo com a Febraban, existe um tipo de golpe eletrônico muito comum é o phishing, “pescaria digital” em tradução livre, no qual pessoas mal-intencionadas enviam links através de sms, e-mail, redes sociais e WhatsApp. Ao clicar nestes links, senhas e dados pessoais das vítimas ficam visíveis para os golpistas.

Segundo a organização, a melhor maneira de evitar esses golpes é não clicando em links de mensagens suspeitas, não utilizar computadores e redes públicas para compras online e utilizar softwares antivírus para minimizar a ação de possíveis golpes.

Os golpes que simulam páginas de pagamento online cresceram 208% segundo o relatório “Black Friday 2021: como fazer compras sem cair em armações” realizado pela empresa de segurança digital Kaspersky, mostrando que nesta época do ano tendem a aumentar o número de fraudes e estelionatos.

Segundo um levantamento feito pela empresa Fortinet, o Brasil é o segundo país que mais sofre com golpes virtuais dentro da América Latina. Em 2022, de janeiro a junho, houve um aumento de 94% com relação ao ano passado.

Muitas empresas usam redes sociais e aplicativos de mensagens para divulgar as ofertas, e é nesse momento que o consumidor tem grandes chances de cair em um golpe.

O WhatsApp tornou-se ferramenta comum para negociações, com a versão business, funcionalidades para comerciantes e varejistas auxiliam no momento de compra e venda, criação de catálogos e funções de pagamentos.

Existem órgãos reguladores no Brasil, que atuam de forma direta para defender os direitos dos consumidores e catalogar eventuais reclamações de clientes sobre determinados produtos, serviços ou marcas, como o Procon, ou o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor)

Segundo Michel Teixeira, advogado na Lexly, startup no segmento de legaltechs, com foco no uso da tecnologia para o Direito, “do ponto de vista jurídico, existe pouco o que o cliente pode fazer após cair em uma fraude desse tipo”. 

Ele reitera ainda que, nesse sentido, a prevenção e o conhecimento prévio do que se está comprando ou negociando é sempre a melhor opção para não cair em golpes.

“É importante que as pessoas fiquem atentas e pesquisem muito sobre os produtos ou serviços que estão adquirindo para não serem vítimas de fraudes”, afirma o especialista.

Michel ainda dá algumas dicas simples para evitar possíveis golpes, “deve existir muito cuidado com as senhas de bancos e de aplicativos de celular e sempre manter o aparelho bloqueado, jamais compartilhar senhas com qualquer pessoa, ativar o duplo fator de autenticação em todos os aplicativos de celular e pesquisar muito sobre o que está adquirindo para não cair em fraudes”.

A partir dessas ações, torna-se mais fácil não cair em algum golpe. O especialista aconselha que, em qualquer sinal de dúvida, deve-se evitar a compra e não inserir dados pessoais ou de cartões de crédito. “O melhor a se fazer quando se desconfia de uma oferta é procurar a loja física ou verificar outras páginas do site oficial, informações como endereço, CNPJ e observar muito bem a URL antes de efetuar qualquer compra online”, completa o advogado.

Um estudo realizado pela Lexly, mostra que 30,5% dos colaboradores entrevistados enfrentam problemas com compras realizadas, muitas vezes sendo necessário recorrer a um apoio jurídico para conseguir lidar e resolver esses problemas, que tendem a aumentar no período de black friday.

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