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Linhas de crédito têm pequena redução com a nova taxa Selic

O Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central optou pela redução da taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano em razão da melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos.

Esse foi o primeiro corte da taxa básica de juros após longos três anos, pois a última queda havia acontecido em agosto de 2020, em meio à fase mais aguda da pandemia de Covid-19, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano.

“A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC – Banco Central para controlar a inflação. O nome da taxa vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que nada mais é que uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo BC”, explica Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.



Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Quando ela sobe, os juros cobrados ficam mais altos, desestimula o consumo e favorece a queda da inflação. Já o contrário, quando cai, tomar dinheiro emprestado fica mais barato e isso estimula o consumo.

O que muda nos financiamentos, empréstimos e cartão de crédito?

A queda de 0,5% na taxa Selic altera pouco o juro médio, de acordo com a Anefac – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. De acordo com a associação, o juro para as pessoas físicas passará de 126,23% para 125,22% ao ano. Já para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 62,21% para 61,46% ao ano.

Alguns exemplos:

  • Financiamento de um bem de consumo de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,81 a menos por prestação e R$ 9,73 a menos no valor final com a nova taxa Selic;
  • Cheque especial: o cliente que entrar no limite em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a menos;
  • Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a menos.
  • Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a menos por prestação e R$ 14,89 a menos após o pagamento da última parcela.
  • Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,41 mais barato por prestação e R$ 4,87 mais barato no total.
  • No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,32 a menos por parcela e R$ 679,10 a menos no total da operação.

Independentemente de qual for a taxa Selic, para quem está pensando em contratar uma linha de crédito, é importante saber que é possível escolher entre muitas opções, como um empréstimo consignado, crédito pessoal, entre outros, que servem para as mais diversas necessidades. “Antes de tomar a decisão de contratar algum serviço financeiro, é fundamental conhecer e entender bem a rede de correspondente bancário, que entregue confiança e solidez, por exemplo”, diz Salim.

É importante também saber como é essa rede, se é composta por um ou centenas de parceiros de negócios em todo o país, incluindo regiões com baixa presença bancária, oferecendo a mais ampla gama de produtos de crédito, consórcios e seguros exclusivos, customizando soluções para todos os públicos.

“É importante ter em mente que empréstimos são dívidas, portanto sua contratação só é recomendada caso tenha um objetivo definido. Dessa forma, evita-se débitos desnecessários para seguir com a vida financeira em ordem”, finaliza o especialista financeiro.