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Novas medidas vão facilitar expulsão de imigrantes da Itália

O fluxo de migrantes irregulares que chegam à Itália tem se intensificado nos últimos meses. Dados oficiais do governo italiano apontam que, de janeiro a julho deste ano, o país recebeu 89.158 migrantes, um aumento de 115,1% com relação ao mesmo período do ano passado, quando a Itália recebeu 41.435 migrantes.

Localizada no sul da Itália, a ilha de Lampedusa, cuja população é de aproximadamente 6 mil habitantes, recebeu cerca de 10 mil pessoas na segunda semana de setembro. A pequena ilha é um dos principais pontos de desembarque de imigrantes ilegais – provenientes, principalmente, dos países da costa norte do continente africano.

Diante desse contexto, a política migratória italiana tem se mostrado cada vez mais rígida. Ultimamente, a Itália vem adotando medidas que objetivam conter a entrada de imigrantes, facilitando, a partir de agora, a expulsão de imigrantes em situação irregular do país.



“Após a devastação econômica e social causada pela Covid-19 e depois da eleição da nova premiê, que é alinhada à extrema direita, a Itália vem se tornando mais resistente à liberação da entrada de imigrantes”, ressalta Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania, empresa especializada em consultoria no reconhecimento de cidadania italiana.

Durante a campanha eleitoral em 2022, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, comprometeu-se a atuar efetivamente para a redução do número de imigrantes no país. “Meloni defende que a imigração irregular ameaça à segurança e a qualidade de vida dos cidadãos italianos”, explica a especialista.

Visando garantir que mais pessoas que não tenham o direito de permanecer na Itália sejam repatriadas para seus países de origem, uma das medidas mais recentes decretadas pelo governo italiano foi o aumento do tempo – de três para até dezoito meses – que um imigrante que entrou de forma irregular no país possa ficar detido para averiguações.

Ferro alerta que os brasileiros que vivem de forma ilegal na Itália possivelmente serão afetados pelas novas diretrizes referentes à migração. “O governo italiano já deu início a estratégias de revalidações de permissões de entrada no país, revogando aquelas que não estejam de acordo com regulamentações necessárias”, finaliza.

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