Em um cenário marcado pela disseminação de notícias falsas, especialmente no ambiente digital, surge no Brasil o novo portal Central do Direito. Com a proposta de centralizar informações da área jurídica baseadas em fontes oficiais como o Supremo Tribunal Federal (STF), Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Câmara dos Deputados, Senado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Tribunal Superior do Trabalho (TST) e outras fontes oficiais, o portal busca estabelecer um padrão de confiabilidade e acessibilidade para informações jurídicas.

O impacto das fake news no país tem se revelado alarmante. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, divulgada pela Agência Brasil, aponta que quase 90% da população brasileira admite ter acreditado em conteúdos falsos.

No âmbito jurídico, a desinformação pode acarretar graves consequências, como práticas profissionais inadequadas, má interpretação de leis e prejuízos sociais e financeiros para a população, como explica Priscila Pinheiro, advogada e CEO do grupo Adali, responsável pelo portal Central do Direito. “Num país com acesso desigual à educação jurídica, garantir que a informação circule com qualidade é uma responsabilidade coletiva”, afirma a advogada.



Nesse contexto, a Central do Direito surge como uma ferramenta de combate à desinformação, integrando tecnologia e curadoria editorial especializada. “Nossos algoritmos de inteligência artificial (IA) fazem a triagem inicial, identificando conteúdos relevantes e assegurando aderência às fontes. Em seguida, os materiais passam por um processo de revisão para garantir clareza e precisão. Essa combinação assegura que o usuário receba apenas informações verificadas e imparciais”, ressalta Gian Nunes, cofundador do grupo Adali e especialista em tecnologia.

Com atualizações em tempo real, a plataforma busca promover um acesso rápido e confiável às notícias do setor jurídico. Além disso, o portal de notícias jurídicas oferece diferentes formatos, como podcasts, vídeos educativos e análises simplificadas, tendo como objetivo ampliar seu alcance e utilidade para públicos variados, incluindo estudantes de direito, advogados e cidadãos interessados em compreender melhor seus direitos e deveres.

“Ao disponibilizar os conteúdos em diversos modelos, o portal pode ser um apoio complementar ao currículo acadêmico, ajudando a transformar informação em formação. É um instrumento tanto de combate às fake news quanto de fomento à cultura jurídica baseada em evidência, jurisprudência e fontes primárias”, aponta Pinheiro.

Iniciativas como a Central do Direito visam fortalecer a cidadania ao disponibilizar informações claras e acessíveis, combatendo interpretações equivocadas e boatos frequentemente disseminados nas redes sociais e em aplicativos de mensagens. “O objetivo é consolidar a Central do Direito como o maior portal jurídico gratuito do Brasil, oferecendo conteúdos de qualidade para todos”, destaca Nunes.

Além de ter como foco fornecer um ambiente seguro para consultas e aprendizados, a plataforma planeja expandir suas parcerias com instituições acadêmicas e regionais, integrando novos formatos de conteúdo e alcançando um público maior.

“A democratização do conhecimento jurídico é um dos pilares centrais do projeto. Também estamos estudando formas de oferecer espaço editorial para universidades, escritórios e entidades jurídicas, com colunas e conteúdos patrocinados — sempre mantendo a curadoria e o rigor técnico como prioridade”, finaliza Pinheiro.

O portal Central do Direito pode ser acessado através do link: https://centraldodireito.com.br/