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Pesquisa aponta que sintomas do climatério são comuns



Um estudo publicado na revista científica Climacteric, com dados de 2022, revelou que 87,9% das mulheres brasileiras entrevistadas disseram ter sintomas associados ao período do climatério. O climatério é a fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo na vida da mulher. A menopausa é um estágio dessa fase e designa o último ciclo menstrual.

O artigo, chamado “Perfil da mulher climatérica brasileira”, envolveu 1500 mulheres entre 45 e 65 anos e investigou várias características do perfil das participantes. Um dos elementos avaliados, por exemplo, foi a prevalência das chamadas “ondas de calor”, que 73,1% das mulheres na transição menopausal (climatério) e 78,4% na pós-menopausa disseram sentir. Dentre as 1500 mulheres envolvidas no estudo, 788 disseram estar na pós-menopausa e 391, na transição menopausal. 

Outro dado avaliado pelo estudo foi o nível de informação das mulheres brasileiras a respeito do climatério e menopausa. Um total de 60,3% delas responderam que se consideram “informadas” ou “muito bem-informadas” sobre o climatério e seus sintomas. Segundo os pesquisadores, há uma diferença clara no nível de informação sobre a menopausa dependendo da classe social: o percentual de mulheres informadas nas classes D e E, por exemplo, é de apenas 46,7%.



“Com quase 90% das mulheres neste estudo apresentando sintomas, é significativo notar que apenas 60% estão informadas sobre o climatério como uma questão de saúde”, opina Dr. Rafael Lazarotto, médico especialista em climatério e menopausa. Ele relata que observa uma falta de conscientização das mulheres sobre os sintomas que estão associados a essa fase, o que leva menos pacientes a buscarem o tratamento adequado.

Falta de colágeno

Um destes sintomas é a falta de colágeno, que tem consequências diversas na saúde da pele e pode estar associada com a menopausa. “Durante a menopausa, os níveis de estrogênio diminuem, o que afeta a produção de colágeno e elastina na pele, levando ao ressecamento, perda de elasticidade, surgimento de manchas escuras, acne e sensibilidade”, explica o Dr. Lazarotto.

O ginecologista esclarece que, durante a fase do climatério, diminuem os níveis dos hormônios sexuais femininos e, ao contrário do que muitas pacientes podem pensar, isso afeta também a pele e causa sintomas dermatológicos. “A pele tende a ficar mais seca devido à redução da produção de óleos naturais, e muitas mulheres também desenvolvem rugas, melasma e acne”, explica o ginecologista.

A sensibilidade em geral da pele também aumenta, tornando-a mais propensa a irritações e reações alérgicas. “Para mitigar esses efeitos, é recomendado hidratar a pele, usar protetor solar, manter uma alimentação saudável, evitar banhos quentes, usar produtos suaves, e considerar tratamentos dermatológicos conforme necessário”, orienta o médico especialista Dr. Lazarotto.

Pouco mais da metade (54,9%) das mulheres no estudo publicado na Climacteric disseram conhecer as terapias de reposição hormonal. “Há, realmente, uma falta de informação generalizada e consequente desconfiança sobre os meios modernos de reposição hormonal, provavelmente relacionada com a desinformação sobre os efeitos da falta de hormônios sexuais em tantos outros aspectos da saúde, como a pele”, finaliza o ginecologista.

Para saber mais, basta acessar: www.rafalazarotto.com.br 

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