Home CORPORATE ARTIGO A expansão do 4G no Brasil

A expansão do 4G no Brasil



por José Otero*

O mercado de telecom brasileiro oferece três formas de conexão. A primeira é por meio de conexões satelitais, com velocidades reduzidas. A segunda é pela utilização de cabos, com fiação implantada em postes ou aterradas. E a terceira é a rede sem fio, em que se enquadra o 4G (LTE). É a principal, pois permite oferecer serviços para usuários a quilômetros de distância.  O Brasil é o país da América Latina com maior número de redes do tipo 4G (LTE), ao todo são sete.

No momento, o que está havendo no território brasileiro é a expansão do LTE normal. A tendência para esse mercado é que a implantação e a expansão pela fibra cresça ainda mais. Mesmo assim, é preciso considerar que não existe grande oferta desse material, o que dificulta sua expansão, e a instalação dessas centrais também é demorada e de alto custo. Uma alternativa, que deve virar tendência, é que no médio e longo prazos as operadoras devem partir para estratégias de nicho, oferecendo acessos mais rápidos, de até 300 Mbps das redes  em algumas cidades ou até mesmo em bairros, para áreas de alta renda e com concentração de grandes negócios.



Outro ponto importante para a expansão do 4G é a determinação da implantação de redes em zonas rurais, como prevê a Lei das Antenas (13.116/15), aprovada recentemente pelo Senado e sancionada pela presidência. A iniciativa vai acelerar a expansão das redes LTE e deve criar um ambiente favorável para a chegada do 5G, depois de 2020. Existem casos de operadoras esperando há vários anos para obter uma autorização, ocasionando o congestionamento da rede. A Lei das Antenas estabelece prazo de 60 dias para as administrações municipais se manifestarem sobre a instalação das antenas, caso contrário, as operadoras poderão fazê-lo.

E, por fim, um programa importante para a expansão do mercado 4G é o Banda Larga para Todos, que pretende levar fibra óptica para todas as cidades do pais, assim como fizeram os países vizinhos: Colômbia, México e Chile.

Em abril, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (), o Brasil teve 283,52 milhões de linhas ativas na telefonia móvel. Os acessos pré-pagos totalizavam 213, 46 milhões (75,29% do total) e os pós-pagos 70,06 milhões (24,71%).Anatel

*José Otero é diretor da 4G Americas para América Latina e Caribe