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A pandemia já mudou definitivamente o modo como trabalhamos, vivemos e usamos a tecnologia



Por Cintia Leitão de Souza *

Ela veio sorrateira, mudou tudo e (esperamos) vai passar. Como um sonho ruim de uma noite mal dormida, a pandemia chegou. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

Mas quando esse momento passar, é certo que o mundo não será mais o mesmo. O que vivemos na atualidade, mudará por completo o que conhecíamos até então. As próximas gerações não serão as mesmas e nós mesmos, não seremos mais os mesmos.



Quiçá, aqui faço um parênteses, desejo que nos tornemos seres humanos melhores e mais evoluídos. Dias melhores virão, com certeza. Porém, já é nítida a mudança instaurada em nossas rotinas, relações pessoais e, principalmente, profissionais. O vírus aumentou, ainda mais, nossa dependência na tecnologia.  Acha exagero? Vou exemplificar.

Vamos começar com uma reflexão sobre o pensamento linear e as dificuldades que temos em pensar exponencialmente. Como é difícil, para nós, pensarmos em conceitos abstratos sem tentarmos aplicar a velha matemática básica a que fomos historicamente treinados.

Mensurar ou tentar medir os impactos do abstrato nos causa insegurança e incertezas. Talvez, por esta razão, líderes dos países mais desenvolvidos do mundo titubearam e balançam tentando acertar decisões para tentar conter um vírus que, assim como as tecnologias, se multiplica de forma exponencial.

Diferentes na essência, mas comuns neste paralelo exponencial, tecnologia e o vírus se multiplicam e assumem proporções em uma velocidade acelerada. Mas o que é necessário para se controlar um movimento exponencial? Nada! O exponencial não se controla.

Quanto ao vírus, é possível tentar frear a sua proliferação com o isolamento social, mas a exponencialidade da propagação é uma constante. O mesmo acontece com as tecnologias exponenciais. As empresas que antes resistiam ainda ao digital, agora com a pandemia foram lançadas, sem piedade, em um mundo que não teve a preocupação de esperar por mudanças gradativas.

Principalmente nos negócios, é preciso agora refletir e ter cuidado para que este pesadelo não passe devastando nossos planos. Fico aqui imaginando, em um mundo que se tornou essencialmente virtual, como estão funcionando aquelas empresas que relutaram em se digitalizar e mantiveram os seus processos e informações geridas de forma analógica?

Para esses, a curva de aprendizado tornou-se quase escada vertical, ou eles aprendem a escalar ou irão desparecer.

Como estão as empresas, por menores que sejam, que não conseguem se conectar e comunicar à distância com seus clientes, colaboradores e fornecedores? Como sobrevivem ou sobreviverão? Deixo aqui uma reflexão em defesa daquelas empresas que ainda podem lutar para que não precisem de um respirador ou de uma vaga de UTI, no sentido figurativo da palavra.

Ainda dá tempo de sair do pesadelo e salvar os seus sonhos? O mundo já era essencialmente digital, agora é imprescindivelmente digital. As relações entre as pessoas já mudaram, nos ambientamos e nos habituamos ao virtual. Os hábitos de consumo mudaram e viveremos uma nova era.

Para aquelas empresas que ainda não se tornaram digitais, há inúmeras boas notícias. Várias empresas estão investindo em pacotes e benefícios para que esta transformação digital se torne acessível e com uma implantação mais rápida possível. Por que não dizer exponencial?

No meio de todo esse caos e de constante reflexão, faço uma consideração sobre o agronegócio, segmento com o qual tenho interagido há décadas. São diversos setores econômicos ligados ao agronegócio e falar de agro, é necessariamente falar de alimentação.

Ele não é só o motor e força propulsora de nossa economia, mas o setor, assim como o de saúde, que não parou e não pode parar com esta pandemia. O agro nos faz ter a certeza de que seremos abastecidos e teremos o apoio para tentar conter a disseminação do vírus, em casa.

Aqui fico pensando nas inúmeras empresas que conheci e que conheço, que ainda precisam investir na transformação digital para que estejam plenamente ativas nestes novos tempos. Uma característica cultural ainda deste segmento, tão evoluído em adoção tecnologias de plantio, mas não ainda estruturadas em tecnologias para gestão.

Como responsável pelo desenvolvimento de tecnologias e de soluções para este segmento, faço aqui o meu apelo: ainda dá tempo! Invistam agora, transformem suas empresas, usufruam dos benefícios que estão sendo ofertados no mercado.

Aproveitem a parceria com as tantas empresas que estão facilitando o acesso a esse novo mundo. Juntos não só faremos a transformação digital do agronegócio, mas apreenderemos um novo jeito de viver, trabalhar e de fazer negócios de forma sustentável e segura.

* Cintia Leitão de Souza é Head de Agronegócio na Senior Sistemas

 

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