Com a migração das pessoas em todo o mundo para os grandes centros urbanos, em busca de emprego, acesso à educação, saúde e demais serviços com melhor qualidade, ficou imprescindível para as cidades pensarem em como a tecnologia pode ajudar as pessoas a viverem melhor e o poder público gerenciar com mais eficiência. Este novo conceito de infraestrutura tem o nome de cidades inteligentes. “É um processo que está começando no Brasil e no mundo, mas é irreversível. Quanto mais acelerarmos o processo, melhor será a qualidade de vida das pessoas e mais eficaz será a administração pública”, explica Guto Ferreira, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
A Agência enxerga como estratégico para o país este mercado, tanto do ponto de vista econômico, como de desenvolvimento social. Para apoiar as empresas brasileiras que estão desenvolvendo tecnologias e soluções para as cidades inteligentes, a ABDI acaba de firmar um acordo de cooperação técnica com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), para criação de um “ambiente de demonstração de tecnologias para cidades Inteligentes”.
Além de colaborar para a análise técnica de referências e especificação do projeto para definição do ambiente de demonstração, a ABDI será responsável por selecionar as empresas que participarão do programa e encaminhará para o ambiente de teste numa cidade piloto, com supervisão do INMETRO. “É a oportunidade de teste em condições reais para que a tecnologia ou solução possa ser aperfeiçoada. Posteriormente o objetivo é que estas sejam implantadas nas cidades brasileiras e exportada para outros países. Teremos assim uma condição para a análise e proposição de instrumentos de apoio ao desenvolvimento industrial para cidades inteligentes. O Brasil precisa deixar de ser apenas um exportador de commodities e passar para a produção de alto valor agregado”, ressalta Ferreira.
Começo da revolução
No mundo as primeiras soluções de cidades inteligentes estão recém implantadas. Na cidade de Songda, na Coreia do Sul, os semáforos funcionam de acordo com sensores na via que medem a quantidade de veículos que passam naquele instante. Em Niterói, captadores de som identificam tiros e acionam as equipes de resgate e segurança. A cidade de San Diego foi a primeira dos EUA a usar sistema de iluminação pública por leds. Apesar de diversas iniciativas pontuais em todo o planeta é possível afirmar que ainda estamos no começo da revolução.
“No estágio atual das cidades inteligentes, podemos fazer um comparativo com os primeiros celulares que chegaram ao mercado brasileiro na década de 90, para os smartphones que vemos hoje, porém, com uma diferença. O espaçamento de tempo da evolução das cidades inteligentes será muito, mas muito menor. As cidades brasileiras começam a passar por uma revolução. Não existirão mais as metrópoles do jeito que conhecemos hoje. Em 2027 teremos outra cidade de São Paulo, por exemplo. Somente na América Latina existe um potencial de mercado de US$ 1 trilhão. Vamos fazer com que as empresas brasileiras assumam um papel protagonista no mundo e nossas soluções conquistem diversos países”, revela Guto Ferreira, presidente da ABDI.
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