Aquele pato amarelo de colocar na banheira do bebê já foi gigante inflável em manifestações contra o governo no Brasil, já foi obra de arte que explodiu em Taiwan e é costumeiro convidado em desenhos animados. Pensava-se que esse ícone de culturas através de gerações tinha desempenhado todos os papéis possíveis. Mas ainda não, faltava-lhe um lado moderno e digital.
Uma empresa pretende cobrir essa incalculável brecha de mercado. O Edwin custa cerca de US$ 100 e começa a ser comercializado como “o primeiro smart duck (pato inteligente) do mercado”. Não que ele saiba quando não explodir em Taiwan ou escolha melhores governos no Brasil. O patinho é mais um dispositivo do mercado de smart coisas.
No fundo, é mais um brinquedo que interage e é conectado ao smartphone. Ele toca música, interage e conta histórias para as crianças quando lhe é pedido. Sensores de movimento fazem o pato amarelo rodar, andar e balançar para os lados. Um conjunto de luzes coloridas também ajuda a criança a responder um game de perguntas e respostas que vem com o app.
O sucesso da novidade no mercado é controversa. Edwin tenta unir algo icônico no passado para crianças que estão mergulhadas no atual mundo digital. Pode ser tarde demais para um smart duck e talvez ele vire mais uma lembrança para adultos – seja os que tiveram um de borracha quando pequenos, os que viram seu gigante inflável explodir em Taiwan ou os que participaram de algum protesto no Brasil.
E os pais?
Brincar com crianças, contar histórias e embalar o sono delas com canções de ninar são funcionalidades para o pato inteligente. Mas esse é outro ponto polêmico do produto. Não seriam essas as atividades dos pais?
A empresa por trás de Edwin é a Pi Lab, que promete mais funcionalidades no produto para as próximas versões. O objetivo é transformá-lo em algo que apoie a educação das crianças.
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