A Fortinet, apresentou um levantamento sobre as principais ameaças no Brasil em parceria com o FortiGuard Labs. De acordo com a pesquisa, o Android é o sistema operacional mais atacado por malwares destinados a dispositivos móveis no Brasil. O estudo foi realizado no período de janeiro a agosto de 2017 e confirma uma tendência do cenário de ameaças à cibersegurança. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Em junho, o Brasil já era recordista em números totais de malware para plataforma móvel, aparecendo em 5º lugar, atrás de países como Japão e Estados Unidos e com o equivalente a 10% de tentativas de infecções a dispositivos móveis em relação ao total de ameaças detectadas. Já no último relatório (janeiro a agosto), a Fortinet identificou que 18% das mais de 72 mil ameaças identificadas foram direcionadas para este tipo de dispositivo.
O Android é o sistema para dispositivos mobile mais utilizado no país e o mais vulnerável a ciberameaças, com 99% das tentativas de ataque, número muito superior ao observado em outras regiões. Do total de malwares em dispositivos móveis detectados na América Latina e no Caribe no primeiro trimestre de 2017, 28% deles eram malwares para dispositivos Android.
Botnet aumenta no Brasil
O tráfico de Botnet vem aumentando no Brasil, sendo 50% maior que no começo do ano. O botnet Andromeda é a principal ameaça do tipo, com cerca de 255 mil hosts infectados, 27% do total detectado no Brasil, um crescimento de 300% desde o início do ano. Porém, pelas projeções, pode não repetir o feito do passado, quando foi responsável por 1,1 milhão de ameaças.
Os dispositivos de Internet das Coisas (IoT) estão se tornando grandes oportunidades para hackers, já que sua grande maioria não foi desenvolvida com grande foco em cibersegurança. Em 2017, os botnets de IoT Miraj e Hajime foram responsáveis por 20% de todo o tráfego de Botnet no Brasil. Até agosto do ano passado, este tráfego era praticamente inexistente. Especialistas estimam que 25% os ciberataques serão direcionados à IoT em 2020.
Ransomware cresce no Brasil
O malware do tipo ransom, responsável pelos últimos grandes ataques de alcance global, continuam a crescer no Brasil e no mundo. De um ano para cá, 50% de todos os malwares no Top 20 são do tipo ransomware.
Quando olhamos pelo viés da propagação, o JS/KYptik ainda segue como campeão, sendo identificado por mais de 10% de todos os sensores no Brasil. O malware baixa e executa a família Cerber, vírus que criptografa arquivos de usuários.
Sistema de Prevenção de intrusão
De janeiro a agosto, foram mais de 113 milhões de tentativas de exploração de vulnerabilidades detectadas. A Fortinet identificou em seu relatório que 50% dos ataques do tipo IPS tentaram explorar vulnerabilidades web.
A ameaça TCP.Out.Of.Range.Timestamp é responsável por 30% do tráfego total dentro das TOP 20 ameaças do tipo. Sua abrangência aumentou de 1 milhão em janeiro para seis milhões em abril.
O relatório também destaca a presença de malwares derivados do Apache Struts, software de código aberto utilizado por diversas empresas e que se tornou tema de uma investigação este ano, após um dos três maiores de serviço de proteção ao crédito dos EUA, a Equifax, ter sido invadida por não ter atualizado uma vulnerabilidade do mesmo, o que causou o vazamento de dados pessoais de mais de 143 milhões de usuários no mundo. Malwares ligados ao software aparecem em cinco posições do Top 20 de ameaças.
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