Em resposta aos últimos atentados em Nova York e New Jersey, durante o último final de semana, a candidata à presidência americana pelo partido Democrata, Hillary Clinton fez um pronunciamento no qual reforçou suas convicções de que as empresas de tecnologia e internet devem abrir dados de suspeitos para o governo.
A ex-secretária de Estado pediu que essas companhias façam o possível para combater o terrorismo. Ela chegou a declarar que o governo precisa da ajuda do Vale do Silício (local das mais poderosas empresas de internet dos Estados Unidos). “Quando me encontrei com um distinto grupo de peritos nacionais de segurança … tanto democratas e republicanos … eles reforçaram um ponto muito importante, de que o recrutamento e a radicalização se passa on line e tem que ser muito mais vigorosamente interceptados e impedidos”, disse ela em transmissão da rede americana FOX News.
O recado foi dado para empresas como Facebook, Google e Apple, entre outras. As companhias de tecnologia que se envolveram com comunicação digital e as de smartphone têm se recusado, em muitos casos, a liberar brechas para que o governo investigue suspeitos de terrorismo e crimes em geral. As empresas alegam que uma vez abertas essas portas, a privacidade de qualquer cidadão estará comprometida, já que qualquer governo totalitário ou polícia de repressão poderia usar esses buracos para intimidar opositores.
Não é o que pensam Hillary, entre outros políticos, polícias e governos pelo mundo afora. O Brasil tem tido o mesmo embate sobre o tema, com autoridades enfrentando a oposição de Facebook e outras empresas para liberação de dados de investigados. A candidata democrata disse que as empresas de tecnologia devem ajudar a combater e interceptar atividades e comunicações suspeitas para “prevenir a radicalização e o recrutamento.”
Financiamento
Hillary Clinton tem mantido esse tema em constantes debates e entrevistas durante a campanha. Sua ligação com o Vale do Silício é forte. Há algumas semanas, ela recebeu milhões em financiamento de campanha, incluindo cerca de US$ 20 milhões do co-fundador do Facebook Dustin Moskovitz. O CEO da Apple, Tim Cook, organizou uma arrecadação de fundos para a democrata no mês passado, com um preço do bilhete superior de US$ 50 mil.
A proximidade entre ela e os líderes de tecnologia e internet não tem surtido efeito no objetivo da candidata de facilitar a abertura de brechas nos sites e equipamentos para que o governo possa investigar suspeitos.
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