Há poucos dias do primeiro turno das eleições de 2022 – que, este ano, ocorrem no dia 2 de outubro -, a “educação” não está entre os temas mais comentados pelos eleitores. Segundo uma pesquisa do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), realizada pela Timelens, somente 4% das menções às eleições na internet disseram respeito ao tópico no primeiro semestre.
De acordo com a sondagem, a maior parte do debate eleitoral on-line mencionava o STF (Superior Tribunal Federal), com 27,8%, seguido pelas urnas eletrônicas, com 11,1%. Além disso, foram verificadas mensagens de intolerância (9,4%) e fake news (7%), deixando de lado temas como saúde (2%), emprego (1,6%) e fome (0,7%). A análise considerou as referências dos cidadãos às eleições nas principais redes sociais digitais, em mecanismos de busca, websites e blogs – incluindo sites jornalísticos – na primeira metade do ano.
Diante disso, há poucos dias a Unicef lançou a campanha #VotePelaEducação, destacando pontos fundamentais para que o Brasil avance no direito à educação, além de incentivar que a sociedade se mobilize e priorize a pauta no momento do voto. Para Thiago D’Amato Higa, educador e criador dos materiais do blog Mestre do Saber – Atividades de Alfabetização, a campanha proposta pela Unicef busca conscientizar a sociedade a respeito da importância do comprometimento de todos para com a educação.
Neste ponto, ele destaca que, para além do engajamento político, determinados recursos, como as apostilas, são um exemplo de material de apoio que pode ser utilizado no processo de alfabetização de crianças, assim como a cartilha de alfabetização ou o livro de alfabetização, a fim de melhorar a educação do país.
“As apostilas são preparadas pensando em atividades que trabalham a consciência fonológica. Pode-se preparar apostilas pensando nos diferentes níveis de escrita e nas diferentes idades que se pretende trabalhar com cada uma delas”, explica.
Higa afirma que as apostilas e outros materiais podem ser usados em diferentes momentos, tanto no processo de alfabetização durante as aulas e ou em casa, com o auxílio dos pais. “A apostila de alfabetização pode servir de apoio em sala de aula ou como material complementar para as atividades de casa, sempre planejando seu uso”.
O educador e criador dos materiais do blog Mestre do Saber também destaca que a digitalização impacta na criação e no uso das apostilas: “Hoje, é possível encontrar jogos que trabalham o conteúdo das apostilas, mas de diferentes formas. Apesar disso, é preciso considerar o quanto vale a pena deixar a criança mais tempo em frente de uma tela”. Com tantas opções de atividades para educação infantil fora do online, como leitura, jogos de tabuleiro, gincanas, entre outros, “é imprescindível que os pais e educadores insiram cada vez mais tais oficinas no dia a dia das crianças”, finaliza.
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