Usuários de rodovias privatizadas no Estado de São Paulo ainda relutam em usar o cinto de segurança no banco de trás. É o que revela pesquisa feita pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP). Pela amostragem, 53% dos viajantes não utilizam o equipamento de segurança e colocam suas vidas em risco.
A sondagem foi feita em 6,4 mil quilômetros de rodovias sob concessão no Estado e revelou ainda a imprudência de 15% dos passageiros no banco da frente. Dos motoristas consultados, 13% afirmaram que também dispensam o cinto.
No caso de caminhões o quadro é ainda mais agravante. São 34% os passageiros de veículos de carga que não utilizam o dispositivo. Os motoristas de caminhões que recusam usar o cinto figuram 24% dos ouvidos na pesquisa. A pesquisa, feita na primeira semana de dezembro, ouviu ocupantes de 19.037 veículos que passavam por praças de pedágio em todo o Estado.
Deixar de usar o cinto de segurança é infração grave prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e incorre em multa de R$ 127,69 por passageiro sem o equipamento. Somente em 2012, a Polícia Militar Rodoviária de São Paulo lavrou 99,5 mil multas da natureza. Em 2013 o número subiu para 125 mil e, em 2014, passou para 179,9 mil autuações.
Conscientização
A imprudência de parte dos condutores e passageiros representa para a ARTESP a necessidade de promover campanhas de conscientização. Entre 2012 e 2014, 69,4% dos passageiros que estavam no banco de trás morreram em acidentes por deixar de usar o cinto de segurança. A mesma atitude tirou a vida de 38,4% dos passageiros do banco da frente e 50,1% dos motoristas.
Regionalmente, Barretos é o ponto em que há maior incidência da infração, com 62% das ocorrências seguido de Presidente Prudente e Santos, cada uma com 60%.