É um movimento que expressa diretamente o crescimento de ocorrência de dor, onde a falta de atividades físicas é apontada como um importante fator.
Estes dados também foram corroborados em um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde 41% dos entrevistados relatou que começou a sentir quadros dolorosos após o isolamento.
“A ausência de exercícios é prejudicial para a saúde da coluna e do sistema musculoesquelético como um todo, pois causa a perda da massa magra, importante para proteção da nossa estrutura vertebral, e deixa o corpo mais fragilizado. Dessa forma, facilita-se bastante o risco de lesões e o desenvolvimento de doenças nessa região”, conta o neurocirurgião com foco de atuação em coluna e mestre pela UNIFESP, Dr. Alexandre Elias.
Por que se mexer? São muitas as razões. É um hábito que estimula a produção de endorfina, um analgésico natural do organismo; ativa a circulação sanguínea, evitando as doenças cardiovasculares; e movimenta as articulações, aumentando a flexibilidade e resistência.
Além disso, também evita a obesidade, as complicações do diabetes, desenvolvimento de câncer e, por fim, ajuda no tratamento da depressão.
“Quando falamos em atividade física frequente, não significa que o indivíduo precisa praticar esporte de forma intensa todos os dias. Cerca de 30 minutos de exercícios leves a moderados, que inclusive podem estar no contexto de algumas rotinas, já são suficientes. Subir escadas ao invés de pegar o elevador, varrer a casa, lavar o quintal e caminhar são bons exemplos”, explica Dr. Alexandre.
O que fazer durante o isolamento? Cada pessoa deve procurar o que mais se encaixa em seu perfil.
O alongamento pode ser feito até mesmo na cama. Agachamentos, abdominais e outras variações de treino, que são especialmente positivos para o fortalecimento da coluna vertebral, podem ser praticados com algum tipo de orientação online – seja por vídeos ou aulas ao vivo, que estão bastante acessíveis neste momento.
“O importante é se colocar em ação, pensando no corpo como um organismo que precisa de uso constante e cuidadoso para que sua engrenagem funcione plenamente”, finaliza Dr. Alexandre Elias.
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