Não há dúvida que 2017 foi o ano do bitcoin. A moeda digital mais famosa do mundo ganhou muita repercussão devido as suas especulações e alta valorização no mercado financeiro. A inteligência artificial conquista mais espaço em diversos setores. O e-commerce e as mídias sociais afetam e influenciam cada vez mais o comportamento das pessoas. Mas o que será que o mundo tecnológico nos reserva este ano? De acordo com o professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em todo o Brasil, André Miceli, teremos algumas mudanças no setor, além de ascensão e diminuição de plataformas e mídias sociais.
Entre os destaques, está o blockchain, tecnologia de código aberto mais conhecida por sua aplicação nas transações com criptomoedas. “Ela é especialmente relevante já que atende demandas de confiança, transparência e segurança, como negócios e contratos. Por enquanto, as implicações práticas ainda estão restritas a alguns grupos, mas esta é uma tendência em 2018, quando outras áreas encontrarão aplicações em formalizar e permitir a rastreabilidade de acordos de diversas naturezas” explica o professor.
As criptomoedas chegaram para ficar. “Depois da explosão do bitcoin, 2018 será a vez de outras moedas virtuais como Ethereum, Litecoin e Dash ganharem espaço no mercado e também servirem como palco de grandes oscilações. Dificilmente veremos alguma delas alcançar a repercussão do bitcoin, mas teremos muitas se destacando e sendo boas apostas. Teremos movimentos de regulamentação e certamente outras ICO, Initial Coin Offfering”, aponta Andre Miceli.
Na análise do especialista, que já apontou tendências que se concretizaram recentemente, como a perda de espaço do Snapchat para o Instagram, a ascensão do analytics e do uso de Big Data e aumento de utilização de bots, entre outras, este ano será mais produtivo para a inteligência artificial. “O setor promete apresentar soluções mais pragmáticas e o mercado irá aumentar o número de projetos desta natureza. Neste cenário a IBM se apresenta como um grande player”.
Outro aspecto que deverá ganhar relevância e espaço esse ano são as ‘casas inteligentes’. “Apesar de ainda enfrentar o entrave do idioma, as soluções para casas inteligentes irão ganhar força ao longo de 2018. Mais equipamentos conectados, soluções de iluminação, ampliação das soluções de segurança e maior possibilidade de controle via smartphones deverão chegar com mais força nos Estados Unidos e seguir o caminho para o Brasil”, explica Andre Miceli.
Virtual e aumentada
A realidade virtual e a realidade aumentada já estão com seu lugar garantido no mercado, afirma o especialista. “As tecnologias que estão sendo adotadas em diferentes segmentos para captar clientes, fizeram o setor disparar no último ano e isso será mantido em 2018. Indústrias como a da construção civil já adotam o sistema para impactar nas vendas de empreendimentos luxuosos. O setor de entretenimento também deverá entrar com mais força nesse jogo”.
Para o e-commerce, a expectativa também é boa. “As plataformas continuarão crescendo, assim como os investimentos no setor. A confiança do público nas compras online ganhou força e consequentemente aumentará as vendas”, conclui Miceli.
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