A cooperação em segurança cibernética entre Brasil e Estados Unidos foi discutida, nesta quarta-feira (30), durante visita do diretor de Ciência da Computação, Informação e Engenharia da Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês), Jim Kurose, ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Desde 2015, o ministério, por meio da Secretaria de Política de Informática (Sepin), e a NSF já realizaram dois workshops bilaterais e lançaram uma chamada coordenada em segurança cibernética.
Durante o encontro, o secretário de Política de Informática, Maximiliano Martinhão, destacou que a segurança cibernética é um aspecto fundamental na estratégia de transformação digital do país. “Sem a segurança da rede, os usuários não têm confiança e não são estimulados a usar a internet cada vez mais.”
O diretor da NSF ressaltou os resultados que vêm sendo obtidos nos projetos desenvolvidos em parceria pelos dois países. Segundo Jim Kurose, os trabalhos realizados em cinco áreas são de alta qualidade, têm resultado em grandes pesquisas e possibilitado colaborações importantes entre pesquisadores. “Temos cinco times com integrantes do Brasil e dos Estados Unidos e, além das pesquisas, estamos compartilhando pessoas, o que é muito importante.”
No encontro, foi apresentado um balanço sobre os workshops bilaterais em segurança cibernética já realizados, que reuniram pesquisadores e acadêmicos dos dois países, além de empresas do setor. A organização dos eventos contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e da Universidade da Flórida. O primeiro evento foi realizado no Brasil, em 2015, e o segundo, nos Estados Unidos, em 2016.
Durante os seminários, foram levantados os temas mais importantes em segurança cibernética, que foram incluídos nas linhas temáticas da chamada coordenada, lançada em 2016, numa iniciativa conjunta da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP), supervisionada pelo MCTIC, e da NSF. A chamada apoia cinco projetos nas áreas de detecção de malware, Internet das Coisas, sistemas ciberfísicos e ciber-humanos e segurança e privacidade em redes. Os projetos, que estão em processo de contratação, terão duração de dois anos e um orçamento de US$ 3 milhões, sendo metade financiada pela NSF e a outra por recursos procedentes da Lei de Informática.
Parcerias
Na visita, também foram discutidas novas possibilidades de parcerias entre Brasil e Estados Unidos. O diretor de Ecossistemas Digitais da Sepin, Otávio Caixeta, reforçou o interesse de expandir a cooperação nos setores de educação em TICs e de inteligência artificial. O secretário Maximiliano Martinhão sugeriu a necessidade de lançar uma nova chamada coordenada entre os dois países em 2018. Jim Kurose ressaltou que a NSF tem grande interesse em continuar financiando pesquisas de alta qualidade e tornar possível a colaboração internacional.
A visita de Jim Kurose ao MCTIC contou também com a participação de representantes da SBC, da RNP, do Ministério das Relações Exteriores e da embaixada dos EUA em Brasília.
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