Na mesma velocidade em que a tecnologia evolui, os crimes cibernéticos também crescem. Só os ataques ransomware em 2019 custaram aos Estados Unidos cerca de US$ 7,5 bilhões. No Brasil, os números também impressionam. De acordo com o AV-Test – The Independent IT Security Institute, em 2020, foram 137,75 milhões de novas amostras de malware. No mesmo ano, 50% dos computadores de escritório e 53% dos computadores domésticos não só foram infectados, como reinfectados por vírus, segundo dados da Webroot Threat Report.
Atualmente, o Brasil é um dos países que mais sofre com ataques de segurança digital no mundo e, segundo levantamento da Ponemon, os prejuízos às organizações afetadas são na ordem de R$ 3,96 milhões.
De acordo com Rogério Brito Reis, diretor de negócios da Howden Harmonia Corretora de Seguros, “se pensarmos que o lucro global obtido por crimes cibernéticos é estimado em trilhões de dólares por ano e este lucro é maior do que o faturamento de muitas empresas em conjunto e até mesmo do que o comércio mundial de drogas ilegais, a tendência é aumentar significativamente”, afirma. “Há especialistas que dizem que, provavelmente, haverá uma pandemia causada por um vírus de computador”.
A questão central é a falta de investimento em cyber security, incluindo a contratação de uma apólice de seguro cyber. “Salvo algumas multinacionais, que aderiram ao seguro cyber por meio de seus programas globais, e poucos empresários preocupados com a mitigação de seus riscos, o mercado brasileiro ainda não aderiu à proteção contra ataques cibernéticos como deveria. Apesar das consultas por este produto terem aumentado recentemente, já que mais pessoas estão trabalhando em casa – o que aumenta os riscos -, ainda temos um número muito baixo de contratação de apólices”, explica o especialista.
A cada período, surgem novas modalidades, que vão do ransomware (sequestro de dados) e trojans (vírus tipo cavalo de troia) ao phishing (em que os hackers “pescam” dados dos usuários, lançando uma “isca”), smishing (mensagem de texto SMS ou whatsapp) e cryptojacking (mineração de criptomoedas). A tendência é que os riscos e os ataques sigam aumentando e com prejuízos cada vez mais relevantes para as organizações.
Quanto mais informação gerenciada por uma empresa (dados corporativos e pessoais), como por exemplo cartões de crédito, identidade, passaporte, relação de clientes, prontuários médicos entre outros, maior o risco de sofrer cyber attacks, bem como maiores prejuízos serão causados.
Segundo Reis. “Sua empresa depende da tecnologia para gerenciar o seu negócio e informações? Então, ela está vulnerável”, afirma. “Há quem pergunte: ‘será que minha empresa sofrerá um ataque cibernético?”, e eu penso que a pergunta devia mudar para “quando sofrerei um ataque cibernético e se estarei preparado para responder ao mesmo e ter continuidade do negócio? ’”.
E o que fazer para proteger a empresa desse tipo de ataque?
Vale ressaltar que, para garantir a proteção das informações, há várias ações a serem tomadas pelas empresas, em especial, investir em antivírus e firewalls, fazer backups frequentes, estabelecer políticas de segurança de informação, realizar treinamentos e, não menos importante, contratar uma apólice de seguro. Esse serviço oferece amplas coberturas, como:
– Cobertura dos custos de defesa e danos causados a terceiros decorrentes de uma violação de segurança de dados por ataque cibernético;
– Garantia para os custos com a investigação e mitigação de danos decorrentes de violação de privacidade;
– Garantia do pagamento de extorsão e despesas na investigação administrativa, além de custos de defesa e de restituição de imagem;
– Lucros Cessantes
“A atualização tecnológica é muito dinâmica e evolui a passos largos. Até o final desse texto, os dados apresentados podem não ser mais os mesmos, por isso é fundamental que as empresas estejam protegidas”, finaliza o especialista.
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