No segmento de segurança digital costuma-se dizer que não existe sistema 100% seguro. As brechas para os cibercriminosos são muitas e eles parecem sempre estar um passo na dianteira. Mas muitas dessas falhas são pura burocracia e falta de regras descritas sobre o acesso ao que se considera informação relevante e confidencial. O controle da conta de ex-funcionários é um desses procedimentos que parecem não ser prioritários para as companhias. Cerca de um terço delas mantêm canais abertos para que os dados sejam acessados por pessoas que saíram da empresa.
O levantamento “State of the Corporate Perimeter” foi feito com gestores de segurança e tecnologia de empresas na Europa e Estados Unidos. A pesquisa constatou que a falta de critérios rígidos faz com que um ex-funcionário seja capaz de fazer login nos sistemas internos durante pelo menos uma semana após ter se desligado.
O problema, em geral, é de controle de identidades e login. Qualquer empresas hoje em dia tem computadores ligados em rede. Provavelmente um sistema de automação corporativo (ERP), intranet com documentos, ferramentas nos smartphones e tablets da força de vendas, etc. Quando uma pessoa começa a trabalhar lá, ela ganha uma identificação e uma senha para acessar tudo isso. Quando ela sai da empresa, esse acesso deveria ser cancelado imediatamente, por segurança. Mas não é isso que ocorre. A tecnologia ajuda a controlar isso, mas a burocracia atrapalha.
Porta aberta
Falta de regras para isso e burocracia interna fazem com que haja diferença entre a demissão e o cancelamento do acesso. “A proteção da identidade é o coração da segurança de dados”, diz o relatório. E é verdade. Senha e nome do usuário podem cair nas mão de cibercriminosos, seja porque o ex-funcionário não digeriu a saída, porque deixou um papel amassado na mesa do café do aeroporto ou porque teve o próprio computador invadido.
O estudo aponta outras práticas pouco seguras. Mais da metade dos funcionários em cargos decisores (59%) costumam compartilhar suas senhas com colegas. Cinquenta e cinco porcento dos pesquisados relatam que já tiveram problemas de segurança no passado e, mesmo assim, as políticas internas não mudaram a contento. Você pode acessar a pesquisa completa clicando aqui.
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