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Carros autônomos: um mercado de US$ 7 trilhões



Um estudo, da consultoria Strategy Analytics, divulgado pela Intel, mostra um retrato preciso do que pode ser o mercado de carros autônomos – que não precisam de motorista. Esses autos que são praticamente robôs com sensores e sistemas inteligentes, devem revolucionar vários setores e criar novos modelos de negócio. O estudo chama isso de “economia de passageiros”, uma situação na qual as pessoas estão livres para outros afazeres dentro do veículo.

É algo que muitos já alertaram. Sem motorista e, principalmente, com as mãos livres e atenção 100% liberada do trânsito, os passageiros se transformam em consumidores ávidos por algo. Podem ler notícias, assistir vídeos, fazer reuniões, comprar, estudar ou mesmo produzirem seus próprios conteúdos para publicar nas redes sociais.

É um mercado de espantosos US$ 7 trilhões até 2050, de acordo com a Strategy Analytics. Contudo, há disrupções que precisam ser entendidas. As mudanças são grandes. Por exemplo, a indústria automobilística terá de lidar com um novo cenário onde as pessoas não mais desejarão possuir um bem de consumo (o carro) e preferirão usar serviços de compartilhamento como os hoje conhecidos Uber, Lyft, Cabfy e 99.



A maioria dos carros fica ociosa em torno de 92% do tempo, afirma a consultoria. E uma crescente parcela dos consumidores se preocupará em “comprar mobilidade” em vez de possuir um veículo na garagem.

O setor de transportes pode viver um salto de lucratividade, com carros e – principalmente – caminhões sem motoristas. As perdas com trânsito devem diminuir, assim como a contratação de mão de obra. O desemprego é evidente, assim como a mudança dos investimentos, que passarão a ser em profissionais de tecnologia e parceiros de desenvolvimento de sistemas inteligentes e fornecedores de conteúdo.

Novos consumidores
A Intel acredita que as montadoras ainda poderão se beneficiar nesta nova economia: “Os fabricantes de automóveis têm interesse em substituir as vendas de veículos com os modelos Mobility-as-a-Service”, afirma o relatório. Não por acaso, a conhecida fabricante de chips investiu na compra da Mobileye, no início deste ano por cerca de US$ 15 bilhões. A startup criou soluções que fazem os carros “enxergarem” uma série de situações.

A Intel está otimista de que as tecnologias de autocondução estimularão inovações e novos negócios à medida que os veículos se tornem mais difundidos. Soluções para estacionamento, por exemplo. O acoplamento de tecnologia futuras com os veículos autônomos “levará a um declínio dramático no estacionamento de superfície, o que, por sua vez, libertará a superfície para redesenho de maior densidade em núcleos urbanos em todo o mundo”.

Apesar do desemprego apontado e das transformações radicais que devem eliminar muitas empresas que insistirem em permanecer no modelo atual, os benefícios se mostram enormes. As estradas devem ficar mais seguras, o trânsito mais controlado e os custos com segurança pública, consumo de combustíveis, manutenção de vias e tempos de deslocamento devem ter um declínio jamais visto.

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