A Consumer Electronics Show (CES 2017) que ocorre essa semana, em Las Vegas, é a maior feira mundial de tecnologia em produtos para consumo final. O evento tem sido palco de lançamento de absolutamente tudo que já passou por nossas mãos como novidade em eletroeletrônico, brinquedo, computador, eletrodoméstico e telefones. Mas um novo item deve ser incluído nessa lista. Na edição de 2017, a CES traz carros, muitos carros. É praticamente um “Salão do Automóvel Conectado”.
Ocorrendo sempre no começo de janeiro, a CES é uma fonte de tendências para o ano. E, pelos dois primeiros dias, já dá pra perceber que o ano será cheio de carros conectados, inteligentes, que dirigem sozinhos e que conversam com motoristas.
Não chega a ser uma surpresa. Do modo como os veículos evoluíram nos últimos anos, é impossível não pensar neles como “smartphones sobre rodas”. Os autos compõem uma das últimas fronteiras para todo o arsenal de tecnologia que se desenvolveu em computadores e smartphones. Diversas companhias estão de olho nesse mercado, seja com parceria com montadoras ou não.
Um dos lançamentos mais aguardados foi o Faraday Future, a empresa está há meses fazendo propaganda de que será uma fabricante de bólidos tecnológicos e elétricos. A apresentação de seu primeiro modelo, o FF 91, foi um marco para o setor, embora o carro tenha se recusado a acatar uma ordem de estacionamento automático, causando certo vexame.
Durante a feira, empresas tradicionais da tecnologia dos computadores e smartphones também aproveitaram para mostrar que estão na nova onda dos carros tecnológicos. A Qualcomm, que já havia anunciado planos e feito aquisições para o setor de autos conectados, anunciou que comercializará sensores diversos para a indústria automobilística. Sua rival, Intel, anunciou acordo para adquirir 15% das ações da HERE, especializada em mapas digitais e referência em localização em nuvem. O acordo trará uma colaboração para pesquisa e desenvolvimento de novos conceitos e tecnologias para carros totalmente automatizados.
A Nvidia, conhecida por seus componentes que turbinam computadores e smartphones, também anunciou que está se dedicando aos carros. A estratégia terá parceria com a Audi. Fiat e Google também divulgaram uma parceria para que o sistema Android seja padrão em carros da montadora. O primeiro deles será o sedan Chrysler 300.
Carros por todos os lados
E não foram só essas empresas. Por onde quer que se andasse na CES 2017 havia alguma novidade para automóveis, um carro protótipo sendo exibido ou uma montadora fazendo o possível para mostrar que era também uma empresa altamente tecnológica.
Se os carros conectados eram um produto desejável, mas estranho, há dois anos, de 2017 para frente eles parecem estabelecer o padrão de mercado e o desejo mais profundo do consumidor. Haverá diversos níveis de automatização nos automóveis nos próximos anos. Teremos os que somente interagem com smartphones e conectividade, os que fazem isso e ainda acatam ordens como estacionar, os que ainda auxiliam o motorista e os que sequer precisam de alguém ao volante.
Um exemplo de como pode ser isso é o conceito da Toytota. O Toyota Concept-i tem inteligência artificial, dirige sozinho, conversa com o motorista e com os caros próximos. Por exemplo, antes de virar á esquerda, o carro aciona o pisca e a traseira acende um letreiro “vou virar à esquerda” para avisar o carro de trás.
Útil ou inútil, não importa. O que devemos notar é que a CES 2017 mostra que o setor automotivo é o mais novo segmento dessa estrutura monumental que é a indústria de tecnologia.
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