Grupo Boticário começa a utilizar a tecnologia organs on a chip,
que simula um órgão humano e assim identificar previamente possíveis
reações alérgicas causadas por cosméticos quando em contato com pele.
A tecnologia organs on a chip é da empresa alemã TissUse e o desenvolvimento no Brasil será feito em parceria com o LNBio (Laboratório Nacional de Biociências), ligado ao CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e com apoio do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais (RENAMA). Os primeiros testes funcionais, em laboratório, estão previstos para começar ainda em 2016 e em 2017, o Boticário deverá lançar os primeiros produtos testados com essa tecnologia.
“A avaliação da sensibilização da pele é um tema altamente discutido na comunidade científica no cenário nacional e internacional. Essa tendência complementa-se ao desenvolvimento de novas técnicas alternativas in vitro para a substituição de testes em animais”, explica o gerente de pesquisa biomolecular do Grupo Boticário, Márcio Lorencini.
“Essa tecnologia tem potencial para substituir com vantagens o uso de animais. Os chips permitem que os organóides sejam permeados por um fluido similar à circulação sanguínea. Essa microcirculação simula o que acontece nos organismos vivos, aumentando significativamente o poder preditivo dos testes. Trata-se de um avanço tecnológico que vai beneficiar os testes exigidos para o desenvolvimento de novos produtos. Ao mesmo tempo, irá atender aos anseios da sociedade pela substituição do uso de animais de laboratório”, completa Eduardo Pagani, gerente de desenvolvimento de fármacos e cosméticos do LNBio.