Conhecidos por sua pouca idade e por disseminarem o resultado de seus roubos em redes sociais os cibercriminosos brasileiros, estão se especializando cada dia mais no aprimoramento de seus golpes e novas plataformas para atacarem seus alvos. Depois do bloqueio temporário do WhatsApp no Brasil, em dezembro de 2015, os hackers seguiram a onda dos usuários insatisfeitos e migraram para o Telegram, aplicativo de mensagens instantâneas com mais recursos de anonimato.
O movimento de mudança foi detectado pela Trend Micro – de defesa de ameaças digitais e segurança na nuvem –, que elaborou um perfil dos grupos e de suas ofertas. Os grupos funcionam de forma bem parecida com os fóruns nas quais boa parte das negociações entre cibercriminosos ocorre. Os participantes só precisam criar um apelido (sem vínculos com um endereço de e-mail) para participarem.
Durante a pesquisa, a Trend Micro encontrou dois grupos do Telegram com cerca de 10 mil usuários no total, realizando atividades suspeitas. Os apelidos não necessariamente facilitam a identificação, quando comparados com endereços de e-mail.
Outro recurso que facilita a disseminação das atividades destes criminosos, é que o Telegram permite que os usuários criem “canais” onde o indivíduo pode tornar seu número de telefone anônimo.
Qualquer potencial comprador pode simplesmente enviar ao administrador (provavelmente o vendedor) uma mensagem privada para dispor do crimeware.
Produtos oferecidos nos canais do Telegram
As ofertas de produtos vendidos nos canais observados pela Trend Micro, incluem desde cartões de crédito roubados a credenciais para contas hackeadas do Netflix e Spotify. O interessante, é que tais mercadorias estavam disponíveis gratuitamente. Provavelmente, hackers iniciantes que desejam construir uma reputação ou notoriedade, na esperança de serem reconhecidos como os melhores entre o grupo.
Segundo a Trend Micro, até o momento os cibercriminosos estão na ativa e grupos deste tipo estão se multiplicando.
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