por Lais Silva*
Quando olhamos para a História da humanidade, diversos períodos saltam aos olhos como épocas de grandes transformações. Esse é o caso, sem dúvida, dos últimos anos de nossa aventura na Terra. Da pandemia à Transformação Digital, estamos vivendo uma era de profundas mudanças, dessa vez não apenas para evoluir, mas também para preservar nosso mundo.
Neste contexto, empresas de todos os portes e segmentos estão sendo pressionadas a se posicionarem sobre a agenda ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance) como parte fundamental de suas estratégias de negócios. Mas, afinal, como é possível levar esse discurso sustentável para a prática?
A resposta para esse desafio certamente passa pela Tecnologia, com a implementação de inovações e recursos para facilitar desde o desenvolvimento de novos produtos e serviços até para agilizar a mensuração dos resultados de cada iniciativa ou, em última análise, para sustentar as operações reduzindo a cada dia mais o consumo de recursos naturais, como água, luz, matérias-primas de todos os tipos.
Vale destacar, inclusive, que se atentar a estes pontos e adotar práticas de sustentabilidade e governança já não são mais diferenciais de uma marca.
É uma necessidade, sobretudo diante de novos perfis de consumidores e de investidores, muito mais interessados e preocupados em entender como as organizações estão trabalhando para demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade, a responsabilidade social e a governança.
Segundo pesquisa da EY, por exemplo, nada menos que 99% dos investidores já avaliam as divulgações de resultados ligados à área de ESG como parte essencial para o apoio a uma organização. O mesmo estudo indica, ainda, que 78% dos investimentos são concedidos com a exigência de que as companhias apliquem ações deste tipo em seus negócios.
Do mesmo modo, diversos levantamentos mostram que os clientes, em geral, também estão atentos ao que cada companhia faz para se adequar a este mundo mais consciente.
Ou seja, é impossível não pensar na demanda ESG como um pilar dos negócios do agora. O que não quer dizer, todavia, que todas as marcas precisam estar nos mesmos níveis de inovação: aliás, é oportuno lembrarmos de que estamos em uma jornada na qual cada companhia está em um passo diferente.
Por isso, inclusive, é altamente recomendável que as companhias busquem a colaboração e parceria de especialistas que possam apoiar efetivamente a implementação das tecnologias mais indicadas para potencializar os processos, análises e objetivos.
Hoje, a indústria conta com soluções de todos os tipos para permitir que as companhias possam, de fato, habilitar e implementar suas culturas e propostas – ou para gerenciar e demonstrar os indicadores obtidos em seus esforços para a construção de um mundo melhor. Até mesmo produtos e serviços tradicionais, agora, contam com opções alinhadas a este campo.
Se é fato que as áreas de TI estão sendo também modificadas, ganhando novas aplicações e soluções para permitir que as empresas sejam capazes de obter e avaliar dados e parâmetros práticos relacionados a suas rotinas, também é importante que essa transformação seja inteligente, adequada e alinhada às questões estratégicas.
Antes de se investir em determinados recursos, é sempre necessário saber identificar quais são as opções mais indicadas para otimizar e facilitar a vida de cada operação, seja na tarefa de minimizar o impacto ambiental ou em atividades para apoiar o desenvolvimento social e a responsabilidade positiva com o meio ambiente.
Ao criar um plano sob medida, as empresas ganham a oportunidade de coletar e analisar dados de diversas fontes de forma mais assertiva, facilitando a tomada de decisões e viabilizando as estratégias futuras de forma mais completa e inteligente.
Essa é uma vantagem da qual as lideranças (mesmo de fora da TI) não podem negligenciar.
A tecnologia é um ponto vital para viabilizar a evolução das companhias como um todo, e o mesmo acontece em ralação à conquista de uma abordagem sustentável e de longo prazo capaz de garantir um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente – e para melhorar o resultado corporativo.
Em um cenário cada vez mais orientado à sustentabilidade e ao uso consciente de dados, não há dúvidas de que as organizações que melhor se preparem para navegar pelas mudanças no cenário regulatório é que terão os melhores resultados.
Ao investir em tecnologia e ESG, as empresas reforçam a confiança na relação de parceria com os stakeholders e vão além. Na prática, a tecnologia viabiliza a conquista de investimentos, atrai e retém talentos e inspira a fidelidade e a confiança dos clientes.
Resta saber, porém, quais são as companhias que darão os passos certos, agora, para construir o melhor futuro possível para o planeta e, por que não, para seus próprios negócios.
*Lais Silva é Head of Marketing and Aliance da IT-ONE