Melhorar a mobilidade urbana, sobretudo o acesso a áreas de grande movimentação de pessoas, é um dos principais desafios das cidades contemporâneas. De acordo com dados do WRI Brasil, os brasileiros passam em média de dez a 15 dias ao ano presos no trânsito, o que além de causar estresse e redução da produtividade, colabora para o aumento das emissões de gases poluentes na atmosfera. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Para estimular soluções inovadoras para esse problema, o WRI Brasil e a Toyota Mobility Foundation lançam hoje o Desafio InoveMob, que vai investir cerca de R$ 600 mil (US$ 200 mil) em subsídios para os melhores projetos de mobilidade urbana. A iniciativa visa selecionar soluções que promovam alternativas sustentáveis e inclusivas de deslocamento nas cidades. As inscrições ficam abertas até 9 de março, pelo site, onde também é possível acessar o edital do concurso.
Mas como inovações em mobilidade podem melhorar a conexão a áreas com intensa movimentação de pessoas? Voltado para empreendedores, pesquisadores e empresas de serviços em mobilidade, o desafio busca identificar soluções para o acesso aos chamados Centros de Atividades. Tratam-se de áreas ou edifícios de natureza e dimensão diversas que geram um número significativo de deslocamentos. Alguns exemplos são escolas, universidades, centros empresariais e esportivos, centros hospitalares e terminais de transporte coletivo.
Até 80% dos deslocamentos nas cidades brasileiras são por motivo de estudo ou trabalho, segundo dados do WRI Brasil. Entre as características das propostas esperadas pelos organizadores estão o uso de tecnologias limpas, a promoção do compartilhamento de veículos, a contribuição para a acessibilidade de pessoas com deficiência, idosos e crianças e o fomento à equidade de gênero na mobilidade.
“É preciso proporcionar deslocamentos mais inteligentes, sustentáveis e de maior qualidade para as pessoas. As cidades que estiverem mais abertas a essa transformação serão mais competitivas e irão oferecer uma melhor qualidade de vida para seus habitantes agora e no futuro”, aponta Luis Antonio Lindau, Diretor do Programa de Cidades do WRI Brasil.
Etapas do concurso
O Desafio terá cinco etapas, que serão realizadas ao longo de 2018. Após o fim das inscrições, o júri vai selecionar 12 projetos semifinalistas, cujos responsáveis participarão de oficinas de capacitação. Suas propostas serão então apresentadas aos gestores dos municípios que deverão declarar seu interesse em receber as iniciativas. Cada semifinalista deverá conquistar ao menos um “embaixador”, que pode ser um prefeito ou representante de uma secretaria diretamente relacionada ao projeto.
A partir daí, serão selecionados cinco finalistas para executarem o projeto-piloto. Cada um deles receberá um apoio financeiro de cerca de R$ 60 mil (US$ 20 mil) para a implementação do piloto, além de contar com mentorias de especialistas ao longo dessa etapa. Os projetos-piloto devem ser implantados entre agosto e novembro de 2018 e ficarão em operação por pelo menos oito semanas.
Em dezembro de 2018, o júri vai escolher o projeto vencedor, que receberá um apoio financeiro de cerca de R$ 300 mil (US$ 100 mil). O responsável vai trabalhar em conjunto com os organizadores do concurso para dar escala e implementar sua solução em outros centros de atividades e municípios brasileiros.
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