Os jogos desenvolvidos para dispositivos móveis têm se tornado uma febre em todo o mundo nos últimos anos. Influenciados por sucessos como o Pokemon Go, a expectativa é que este mercado supere o tradicional modelo de jogos para consoles até 2018, segundo relatório da DigitalCaps Game. No Brasil, o uso de smartphones para jogar já é uma realidade, sendo esta a plataforma ideal para quase 83% das pessoas, segundo estudo das empresas Blend New Research e Sioux, 26 pontos percentuais à frente de consoles e 11 pontos a mais do que em PCs.
O perigo desse sucesso é que, aproveitando-se do grande número de lançamentos e de sua popularidade, tem sido cada vez maior o número de casos de falsos sites e aplicativos que prometem vantagens em diversos jogos disponíveis para celulares.
Dentre as vantagens prometidas está a possibilidade de ter acesso a moedas adicionais para melhorar a atuação nos jogos sem pagar nada por isso. Para tal, pede-se que o usuário baixe um app “gerador” do benefício e siga o passo a passo que lhe é solicitado.
Alegando a necessidade de checar se o usuário é real e não um robô – funcionalidade nomeada “verificação humana” –, as armadilhas pedem que, para desbloquear os recursos e recebê-los em sua conta nos jogos, as vítimas realizem o download de outros aplicativos. Ao seguir as orientações, os usuários baixam apps que podem estar infectados e deixam o aparelho vulnerável a outros tipos de crimes ou prejuízo financeiro. Além disso, têm seu celular registrado em serviços de SMS pagos.
“O alto nível de sofisticação desse tipo de golpe impressiona. Para que os usuários acreditem que se trata de uma oportunidade verídica, os hackers utilizam até mesmo tutoriais em canais no Youtube e redes sociais, com o passo a passo sobre como prosseguir para ter acesso às vantagens. Desta maneira, eles conseguem convencer e, consequentemente, infectar uma maior quantidade de pessoas”, comenta Emílio Simoni, gerente de segurança da PSafe.
Entre os brasileiros mais atraídos por esse tipo de ataque digital estão os paulistas, com mais de 15 mil pessoas que tentaram acessar a armadilha, mas foram impedidas de ser infectadas pelo app PSafe DFNDR. Os mineiros aparecem em segundo lugar, somando aproximadamente 10 mil ataques, seguido dos cariocas (9 mil).
As iscas
Para evitar que os dados sejam expostos a esses criminosos, a PSafe recomenda evitar o download do jogo por fontes não-oficiais. Além disso, a empresa reforça a importância de utilizar um bom antivírus capaz de escanear regularmente o celular, impedindo a ação de hackers. Caso o usuário tenha caído no golpe, a companhia orienta entrar em contato com operadora e cancelar serviço de SMS pago.
De acordo com o time de segurança da PSafe, empresa líder em segurança e performance mobile Android no Brasil, em apenas um mês, mais de 150 mil usuários foram impedidos, pelo app DFNDR, de cair em golpes que prometiam recursos adicionais para populares jogos como Clash Royale, Clash of Clans, Pokémon Go e Candy Crush.
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