O governo venezuelano de Nicolas Maduro lançou uma versão própria de criptomoeda, chamada El Petro. O objetivo é que a moeda digital ajude a conter o colapso econômico no país. O Petro será lastreado pela reserva e preço do petróleo, commodity que a nação latino-americana é destacada com uma das maiores produtoras do mundo.
O anúncio oficial foi feito ontem, 3 de dezembro, durante o programa semanal do presidente em rádios, o “Los Domingos con Maduro”. Sem entrar em detalhes sobre câmbio ou mesmo como funcionará a nova moeda digital, o presidente afirmou: “o século 21 chegou”.
Além do petróleo, a Petro também será lastreada pelo gás, ouro e diamantes. De acordo com o pronunciamento, em tom ufanista, a criptomoeda venezuelana será essencial para trazer independência financeira para o país, fazer negócios e superar o bloqueio financeiro imposto por vários países emcabeçados pelos Estados Unidos, após várias denúncias de eleições fraudadas e democracia corrompida.
Centralizada
Maduro não deu data para a moeda nova entrar em vigor. Apenas disse que, diferentemente de criptomoedas conhecidas, como a bitcoin, El Petro será emitida e controlada pelo governo.
É o oposto do que ocorre com moedas assim. Criptomoedas dispensam a atuação de um emissor, um governo ou um banco central. Bitcoin e similares são produzidas com tecnologia de blockchain conforme as transações são realizadas, ou em equipamentos especiais que são caríssimos e altamente consumidores de energia elétrica.
Recentemente, a bitcoin bateu recorde de valorização, chegando a US$ 10 mil.
A crise econômica na Venezuela tem se agravado, com a moeda nacional atual, o bolivar, desvalorizando-se a passos largos. O país ainda sofre desabastecimento, blecautes e corre o risco de ficar inadimplente.
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