* Por Mark Troester
Pode parecer absurdo, mas ainda há gente de TI que às vezes manifesta saudade daqueles “bons tempos do mainframe”. O motivo é que aqueles verdadeiros mamutes, com seus infinitos terminais burros e suas codificações em cartões físicos, pelo menos ofereciam à equipe de TI um controle completo da situação. Não era permitido, por exemplo, o tal desenvolvedor cidadão e nem era exigido ao homem de TI esta atual convivência nem sempre muito tranquila com os analistas de negócios.
Pos é: as coisas ficaram muito mais complicadas depois da computação distribuída e do empoderamento dos desktops, com seus diferentes sistemas operacionais e outras tantas exigências dessa plataforma múltipla.
É bem verdade que, logo em seguida, as aplicações baseadas em servidor web simplificaram as coisas novamente, com uma relativa onda de centralização e uma nova linha de conforto.
Mas, no cenário atual, com a complexidade trazida pelos dispositivos móveis, a vida do homem de TI e – em especial do desenvolvedor – precisa enfrentar uma quantidade de variáveis e uma complexidade sistêmica até recentemente impensáveis.
Em vez de apenas atualizar o servidor, agora é preciso atualizar cada dispositivo móvel a um ritmo cada vez mais frenético e acompanhando de perto um modelo de configuração que segue a reboque do gosto mutante dos usuários.
Ou seja, estamos diante de uma situação em que a estabilidade operacional deve ser buscada a duras penas dentro de um ambiente de transações e interações no qual a própria população móvel exige (ou introduz, na prática) constantes mudanças nas aplicações.
Como enfrentar esta realidade, e em que medida nossa comunidade pode ser salva pelo novo modelo “DevOps”? Em outras palavras: é realmente útil e necessário um modelo de geração de aplicações que mistura o desenvolvimento e a operação (o “Dev” e o “Op”) e um único movimento, espécie de modo contínuo?
A Evolução do DevOps
Surgido na esteira da onda de Desenvolvimento Ágil, o primeiro DevOps foi popularizado na Bélgica, em 2009.
Hoje, passados 15 anos da primeira onda Agile Development e seis anos da primeira onda DevOps, está se tornando claro que esses termos são bastante abrangentes, envolvendo os aspectos de atitude do desenvolvedor, novos padrões de abordagem da questão do código, e nova visão sobre diferentes plataformas, ferramentas e soluções.
O Agile Development, com ciclo de desenvolvimento simplificado (conhecido como scrum) e foco na rapidez de respostas, trouxe uma formidável aceleração para o desenvolvimento. Mas, em contrapartida, tornou a…[MAIS]