Atualmente, é mais fácil utilizar a Internet do que era há 20 anos, uma vez que os usuários podem ter mais habilidades digitais do que antes. Porém, ainda há certo desconhecimento sobre o que é a web e de onde vem seu conteúdo. Pensando nisso, a Mozilla, “dona” do navegador Firefox, não só celebra o Dia Mundial da Internet, como também apresentou dados importantes a respeito da saúde da Internet e sobre seu futuro.
No começo de 2017, a organização lançou o Internet Health Report, com o objetivo de explicar o que está acontecendo com a Internet nos dias de hoje e estabelecer medidas para que ela se desenvolva de maneira mais livre, aberta, inclusiva, segura e igualitária. “Nós, da Mozilla, começamos esse trabalho sobre a saúde da Internet pela seguinte razão: documentar e explicar o que está acontecendo com esse valioso recurso público que ela representa.”, explica Mark Surman, diretor-executivo da Mozilla Foundation. Confira a seguir as 5 questões que irão determinar o futuro da Internet, segundo o estudo:
1. Privacidade e Segurança Online
A segurança e a privacidade na Internet são fundamentais e não devem ser tratadas como opcionais. Proteger sua privacidade e segurança não significa “esconder algo”, mas sim que todo o usuário tem a capacidade de escolher quem precisa saber onde você vai e o que você faz.
2. Abertura
Uma Internet saudável é aberta, de modo que juntos, podemos inovar. Para que isso seja uma realidade, são três aspectos relevantes: Open source, Copyright e Patentes. As leis de direitos autorais e de patentes devem promover melhor a colaboração e as oportunidades econômicas. O código aberto, os padrões abertos e as políticas pró-inovação devem continuar a ser o principal foco da Internet.
3. Descentralização
Não deve haver monopólios ou oligopólios em linha. Uma Internet descentralizada é uma Internet saudável. Para atingir esse objetivo, devemos focar nas seguintes áreas: Neutralidade da rede (Os operadores de rede não devem ser autorizados a bloquear ou distorcer a conectividade ou as escolhas dos utilizadores da Internet); Interoperabilidade (Se os ganhos econômicos de curto prazo limitam a inovação da indústria a longo prazo, toda a indústria de tecnologia e economia sofrerão as consequências; Concorrência e escolha (Precisamos da Internet para ser um motor para a concorrência e escolha do usuário, não um facilitador de gatekeepers); Contribuição local (A relevância local é mais do que apenas a linguagem; Também é adaptado ao contexto cultural e à comunidade local.
4. Inclusão Digital
Pessoas, independentemente de etnia, renda, nacionalidade ou gênero, devem ter acesso irrestrito à Internet. Para ajudar a promover uma Internet aberta e inclusiva, devemos promover o acesso universal a toda a Internet (Todos devem ter acesso à diversidade total da Internet aberta); promovendo a diversidade online (O acesso e o uso da Internet estão longe de serem distribuídos uniformemente. Isso representa um problema de conectividade e um problema de diversidade); promovendo o respeito online (Devemos nos concentrar em mudar e construir sistemas que dependem tanto da tecnologia como dos seres humanos, para aumentar e proteger diversas vozes na Internet). Numerosos e diversos obstáculos estão no caminho da inclusão digital, e eles não serão superados por padrão. Nosso objetivo é colaborar com, criar espaço para, e elevar as contribuições de todos.
5. Alfabetização na Web
Todos devem ter as habilidades para ler, escrever e participar do mundo digital. Para ajudar as pessoas de todo o mundo a participarem deste mundo, deve-se focar em áreas como: Mover-se além da codificação; Integrar a alfabetização na web na educação; Cultivando a cidadania digital. A alfabetização na Web deve ser fundamental na educação, como leitura e matemática. Capacitar as pessoas para moldar a web permite às pessoas moldar a própria sociedade. Queremos que as pessoas vão além do consumo e contribuam para o futuro da Internet.
“Podemos construir novas peças e ensinar as pessoas a tirar o máximo proveito do que está lá. Podemos apontar o que está errado e torná-lo melhor. Se fizermos este tipo de trabalho em conjunto, acredito que podemos expandir e alimentar o movimento para manter a Internet muito mais saudável para o futuro”, afirma Mitchell Baker, Executive Chairwoman da Mozilla Foundation e da Mozilla Corporation. “Precisamos de compromissos ainda mais profundos para garantir que nossas habilidades correspondam ao papel que a Internet desempenha em nossas vidas”.